segunda-feira, maio 29, 2006

 

Abaixo os Americanos... E os Ingleses, e os Australianos, e...

O que é, está bom de ver.

Sempre os mesmos malandros a darem cabo do mundo e a gente a ver...

Mas graças aos media, já não se escapam tão bem assim.

Basta procurar e encontrar:
1 - Como os estupores dos americanos estão a dar cabo do Iraque:
http://www.ibnlive.com/news/iraqi-players-killed-for-wearing-shorts/11634-2.html

2 - Como o estupor do Sr. Blair é um monstro bárbaro como não há igual:
http://news.independent.co.uk/uk/politics/article601356.ece

3 - Como os estupores dos australianos também não lhes ficam atrás (e se é o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal que o diz...)
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=229578
...Apesar de Timor já ter pedido ajuda, era mais curial continuar a deixar morrer gente enquanto as NU levantavam e não levantavam o rabo da poltrona.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1258276

E sempre este raio de sorte...
De ter governantes em Portugal que cronicamente metem a pata na poça de se plantar do lado da asneira e do ultraje.

 

O Que É Bom É Para Se Ver! II

Não há nada a fazer.

A Opus Dei está mesmo em todo o lado!

Apesar de a malta d' "O Código DaVinci " se esmerar em promoções da sua genial obra-prima do salvacionismo cinemático, a Opus Dei conseguiu infiltrar-se para sabotar a memorável apresentação da fita aos media.

Usando da sua vilania secular, a tenebrosa conspiração eclesial urdiu tal mutação nos dóceis jornalistas, que estes, corrompidos pelo lado negro da Força, se comportaram como uns brutos ululantes durante a dita cerimónia.

Mas o filme e a sua mensagem de esperança (principalmente para os que fazem garbo em NÃO CRER) hão-de pervalecer.

- Encontra-se neste momento em investigação a coincidência entre a presença da Opus Dei em Cannes e a quantidade de prémios que Manoel de Oliveira já recebeu no certame. -


 

Amor Incondicional

Que outra explicação pode haver, para o aplauso em peso de um estádio lotado a uma Selecção Sub-21 das Quinas, de putos mimados e mal-criados, que se apresentou de forma vergonhosamente displicente num Campeonato Europeu organizado em Portugal, tendo por isso sido corrida sem glória nem história?!...




Que outra explicação, para suspirarmos perante uma vaca da Cow Parade ostentando as cores de Portugal, entre a revolta de as ver manipuladas em lombo de fibra por um reles canal de televisão e a convicção de que aquele tem de ser o mais belo dos bichos !!?!...


Seja o motivo o mais baixo, apenas e sempre o amor incondicional a uma bandeira.

domingo, maio 21, 2006

 

Canta Outra, Que Essa Já Ouvimos...

Uma sentida homenagem a todos aqueles que julgam que são mais encartados que os demais para dar sentenças, ou que o que dizem são grandes novas que trazem a alguém, numa ronda diária pelo domicílio dos mal-pensantes, sacola cheia de virtudes endereçadas, espíritos apartados dos dos humanos - pelo menos na presunção de sê-lo -, largando pelas ruas da cidade a sua posta restante.

Um grande bem-hajam.

 

Machonaria Regular

Acho muito bem.
Que haja blogs com mulheres a beijar-se.

Toda a gente devia ter os mesmos direitos, se somos uma democracia.

Porque é que eu, que até gosto de ver dessas coisas, devo ser obrigado a pagar rios de dinheiro num site qualquer por uns momentos de lazer maroto?

Associa-se, portanto, o Random Precision - O Original à campanha lançada por um congénere seu, de de vez em quando fazer um agradinho à machonaria que o frequenta.

Ficamos todos felizes... e sai reforçada a certeza de que não somos nenhuns mariquinhas, mas uns grandes galifões.

 

O Que É Bom É Para Se Ver!

Tcharam!

Ei-sio, o filme sensação da década, "O Código DaVinci" de Ron Howard, i.é, de Dan Brown, i. é, dos famélicos da terra que até hoje andaram de bolitas atrofiadas, espartilhados por uma Igreja Católica que não deixa respirar quem teima em viver contra os seus princípios!

Finalmente vamos ter acesso à caixa prioritária da libertação cinematográfica, reservada a deficientes e grávidos de desejo de libertação.

Vamos poder ver em campo o génio do realizador Ron Howard, o ideal para dar seguimento à senda reveladora de factos reais iniciada por Dan Brown.

Um especialista em mostrar ao mundo histórias tão belas de base real como "Splash" (sobre o amor impossível de um homem por uma sereia), "Cocoon" (em que um bando de velhotes oprimidos recobra as energias de outrora pelo contacto fortuito com extraterrestres), "Willow" (em que um gnomo tem nas suas mãos o destino do bem contra o mal na floresta que o viu nascer) ou "The Missing" (em que uma mulher se encontra só contra a o mundo na revelação de uma conspiração secreta e tenebrosa de raptos e morte!!).
Ron Howard, um amante do cinema realidade como o épico "Far and Away" (em que, se se tem o gosto de ver Tom Cruise espetado com uma forquilha, se falha o objectivo de ver Nicole Kidman descascada), o galáctico "Apollo 13" (bom entretém tanto para quem gosta de historinhas de foguetões, como para quem continua a crer que se os americanos nunca foram à Lua esta é um drama real totalmente irrelevante), "Ransom" (filmezinho do bem contra o mal - mas sem gnomos - ao gosto dos moralistas, em que um pai de família perfeitamente normal prefere oferecer dinheiro pela cabeça do raptor do seu filho que pagar o seu resgate), ou "A Beautiful Mind" (em que se acompanha a tocante história de um homem que, julgando-se perseguido e controlado, se percebe afinal que tudo se deve à sua doente imaginação).

Ou um velho conhecido nosso, Tom Hanks, senhor de dotes interpretativos invulgares que não deixarão de honrar o papel de Robert Lagdon, iminente condutor de massas pelas trevas do catolicismo até à luz da Razão.
Um actor especializado em filmes de desgraçados da vida.

Em "The Terminal" um desgraçado que fica preso tempos infindos a um terminal de aeroporto; em "Catch Me If You Can" um desgraçado de um investigador do FBI sem vida própria que passa a vida a perseguir sem sucesso o Leonardo DiCaprio, e que quando o apanha fica amiguinho dele!!; em "Road to Perdition" um desgraçado apanhado no dilema de ser um assassino e não querer que isso atrapalhe a relação com o filho; em "Cast Away" o Supremo Degraçado, que cai numa ilha deserta e lá fica a enlouquecer; em "The Green Mile" um desgraçado com problemas urológicos; em "Saving Private Ryan" (um desgraçado a quem já não bastava ser professor primário mas acaba na frente da II Guerra à procura de gambuzinos; em "Apollo 13" o líder de uns desgraçados presos numa lata no meio do espaço; em "Forrest Gump" - SEM COMENTÁRIOS; em "A League of Their Own" um desgraçado habituado a ser treinador de baseball mas que por causa da II Guerra acaba a treinar a Madonna e a Rosie O'Donnell!! (escapa a Geena Davis); E DEIXAMOS DE FORA TODOS OS SEUS DESGRAÇADOS DA DÉCADA DE 80!!

A que se segue, agora, este outro.

Já ouvi dizer a muita gente que ia ver este filme por isto e aquilo...
...Por falar dos Da Vinci e do Festival da Canção, por ser um filme com acção sobre o Código com mortes na estrada tipo Mad Max, por ser sobre a Mona Lisa e portanto meter xenofobia e conflitos raciais, ou até por palermices como furar um boicote sugerido por iguais palermas.

De uma forma ou de outra, vamos lá, que o que é bom é mesmo para se ver!

domingo, maio 14, 2006

 

Venham, Venham, Que a Gente Trata Deles

Isto há cada uma...

Não é que há uns australianos e uns canadianos que vêm extrair ouro do solo português?!

Numa terra em que, à primeira vista, nem o milho nem a nêspera a terra parece dar que sustente quem os busque... há quem dela vá tirar ouro.

Mas tudo bem.
Por mim, óptimo.

Parece que já vem um encaixe de 230 milhões de euros pela assinatura de contratos com a Iberian Resources e com a Kernow Mining, esperando-se a criação de 800 futuros postos de trabalho.

O que não é só...
Que eu tenho mais em vista.

É deixá-los vir, prospectar à vontade, mineirar o que quiserem, e quando eles estiverem poisados, PIMBA!, nacionalizar-lhes o negócio e ficar com ele para nós - que isso agora anda na moda.
Olha, paciência, é a globalização!...

 

O Espanhol Que Há Em Cada Um

Estamos sitiados pela História, pela Geografia, pela Sociologia, pela Religião (ai a Religião...).
Somos parte de uma Península partilhada com Espanha, que pela força cega das proporções se confessa tendenciosamente "Ibérica".
Por mais que quisessemos, teríamos a maior dificuldade em afirmar em absoluto a distinção do que somos e do que são os vizinhos que connosco repartem o passado e (inevitavelmente) o futuro.

Não há nada a fazer.

Resta aos renitentes recriminar-lhes os defeitos, como forma de esconjurar metade da nossa pequenês e repartir uma fatia da culpa das nossas deficiências, profundas, conscientes e obstinadas.
Ou aos plácidos invocar-lhe as qualidades, que lhes/nos transvestem de semelhanças e augúrios de sucessos a vir.

Há depois os PAROLOS.
Como o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Mário Lino, o Sr. Primeiro-Ministro José Sócrates e o Governo PS - e (miseravelmente) o "Portugal por arrasto".

Não se sabe exactamente em que estava a pensar um governante da Nação quando a um jornal espanhol, o 'Faro de Vigo', o Sr. Ministro Mário Lino afirmou ser "um iberista confesso", durante uma visita a Santiago de Compostela, com base em coisas como "uma língua comum" que nos uniria...

Mas sabe-se bem porque veio o Sr. Primeiro-Ministro - MAIS UMA VEZ, o que vai sendo muito mau sinal para quem queria Ministros calados e bem-comportados - salvar o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Bem pode o Sr. Engº José Sócrates (MAIS UMA VEZ) arengar com "visões partilhadas em termos da articulação dos planos hidrológicos, da gestão territorial, das infra-estruturas e dos recursos naturais". Que das suas "visões" estamos já avisados.

Um Ministro do Governo Português, parolamente desbocado ao microfone (na melhor das hipóteses!), permitiu-se defender uma "Ibéria que é uma realidade que persegue tanto o Governo Espanhol como o Português" (???), sem lhe passar o verbo por uma Lusitânia, sua contemporânea de nascença, pobrezinha mas honrada, que por acaso lhe deu o berço e o sustento.

E está um bocado enganado o dengoso Sr. Primeiro-Ministro ao dizer que "todos compreenderão em Portugal".
Não.
Está com azar.

Porque não somos todos como ele, embasbacados provincianos, que vai à Finlândia e vem de lá finlandês ou vai a Espanha e ousa afirmar que "as três prioridades da política externa portuguesa são Espanha, Espanha e Espanha"!!!!!

Basta a vergonha profunda de ter governantes assim. Que assim elevam o moral de ser Português.
Ser confundido com esta gente já é um bocado demais.

 

Falta de Comparência OU Finalmente Decência?

Perante o facto de ter sido 13 de Maio e de não se ter observado da parte do costume uma reacção adequada, fica o post.

De lamento pela falta de comparência e voto de rápida convalescença - que para o mundo não tombar, tudo é cá preciso.

...Ou, se for o caso, de saudação, por finalmente "alguém" ter percebido - sem traumas nem favores - que cada um tem direito a viver a sua vida sem dar satisfações a controleiros dos costumes - neste ou noutro domínio, em que seja mais consensual o acordo.

quinta-feira, maio 11, 2006

 

O Tubérculo

O orgulho pátrio inchou ao saber-se que o Sr. Dr. Jorge Sampaio tinha sido nomeado "enviado especial da ONU para o combate à tuberculose".

A nomeação partiu do Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e a missão durará dois anos.

Ora, isto não deve passar despercebido no que tem de curiosa coincidência.

Que uma doença reconhecida cientificamente como milenar, se não pré-histórica, tenha ganho como adversário um Tubérculo, uma doença crónica e multiresistente chamada Jorge Sampaio.

Quando todos esperavam que o Sr. Dr. nos tivesse largado a braguilha e estivesse emprateleirado na galeria dos veneráveis Senadores da Nação ou uma treta dessas, eis que persiste em chagar-nos a paciência, como a Tísica, Herself, num percurso progressivo de decadência silenciosa e debilidade, até à extinção por definhamento.

Um (de tantos) tubérculo(s) de uma "democracia" que sente os pulmões atrofiarem lentamente, entranhar-se profundo nos ossos um mal insidioso, e que escarra pelas ruas o sangue negro do seu óbito.

(O que, por despacho do Sr. Ministro da Saúde, passará doravante a ser referido como Hemoptise, que é muito mais chique e politicamente correcto.)

 

Sobe o Suíno na Vendetta

ESTA FOTO NÃO SOFREU
QUALQUER ARRANJO GRÁFICO!


O Prof. Dr. Manuel Maria Carrilho deve ter uma pilinha pequenina.

Não posso dizê-lo baseado na ciência, mas é uma que eu tenho cá para comigo - assim fosse com o EuroMilhões.

É um queque, mas é socialista - era provável.
É um político, mas é um filósofo - era possível.
É um enfant terrible, mas é um convencionado - era esperável.
É um intelectual, mas queria ser edil - era apetecível.
É um lingrinhas, mas casou com a mulher mais espampanante da televisão - era dispensável.
É um grande lingrinhas, mas é macho pai de filhos - era previsível
É o maior, mas é um falhado - era inevitável.

Levou para tabaco na corrida à Câmara de Lisboa e agora vem à 2ª volta com um livro para a mulher apresentar pela SIC Notícias.

"Sob o Signo da Verdade", chama-se assim a peça literária.
E visa acertar contas (um bom princípio cristão) "com todos os que responsabiliza pela sua derrota nas autárquicas".
Desde a SIC, ao Miguel Sousa Tavares, ao Prof. Marcelo, ...etc, tudo foi combinação contra a campanha do senhor.
Todos tiveram culpa da catástrofe da sua candidatura... menos ele - ou a triste figura que o melga andou a fazer aqui e ali, sempre que se lhe prestou.

Não se pode exterminá-lo?

 

O Canto do Sines

Podem descansar, os portugueses.
Segundo o Governo, os nossos interesses estão a ser devidamente acautelados.

Um bom exemplo é o caso da aldrabice da nova refinaria de Sines, em que os nossos sagazes e empenhados governantes nos livraram de nos metermos.

Nas sábias palavras do não menos sábio Engº José Sócrates Primeiro-Ministro desta terra, havia para aí uns maduros que nos queriam levar em cambalachos, mas "ao Governo português ninguém vende gato por lebre"!
Porque ao Governo e a Portugal "não interessa qualquer investimento".
Isto não é O da Joana e "os incentivos concedidos pelo Estado Português a um projecto de investimento têm de ser medidos e também tem de ser considerado o seu impacto ambiental", o que é que esses gajos pensavam?...
Eles estão lá! A zelar pela nossa alegria!

Só foi pena certas "fontes governamentais" terem dito em Janeiro de 2006 exactamente o contrário disto.
O Sr. Dr. Manuel Pinho Ministro da Economia e Inovação referia com alegria e o olhito a brilhar: "Sines está a ser alvo da aposta do investimento nacional e estrangeiro[...]. Esta plataforma logística é uma porta aberta para o Atlântico e está a caminho de ser excepcional".

Do projecto, À DATA..., falava-se do "investimento de 4.000 milhões de euros" e da capacidade de "produção anual de 700 mil toneladas de PTA".
Dizendo o Sr. Ministro: "O objectivo do Governo, ao estar aqui presente, é manifestar o seu apoio e o seu compromisso em atrair investimento estrangeiro para o País e ajudar também os projectos nacionais".

Mais exportação, menor dependência de combustíveis, mais P.I.B.
Uma maravilha!

4 MESES DEPOIS, é suposto agradecer a estes atrasados o facto de nos salvarem das suas asneiras.
É precisa muuuuita paciência.

quarta-feira, maio 10, 2006

 

O Humor Primário Quando Nasce É para Todos


segunda-feira, maio 08, 2006

 

Mais Um Ordinário



Este senhor, o porta-voz do PS, Dr. Vitalino Canas, acaba de entrar pela porta grande no Clube dos Ordinarões.

Este senhor, cujas fotos na net são só do tamanho que se vê (por alguma razão), foi enviado pelo seu partido ao Congresso do CDS-PP como representante. (Enfim, estas coisas da etiqueta em que só o BE não se mete, para que depois também ninguém vá lá a casa ver o que se passa!)

E como é usual, foi auscultada a sua avisada opinião sobre os trabalhos.

Tendo este semi-reboque afirmado, cândido, que "esperava que o partido não desaparecesse", fazendo votos para que "os democratas-cristãos superassem a 'instabilidade' interna"!!!!

Ora, deve estar mesmo à espera que quando observadores de outros partidos assistirem a um Congresso PS haja comentários do género: "Gostei, mas este partido devia ser menos um partido de ladrões" ou "Considerei muito pertinente a intervenção daquele congressista pedófilo" ou "Neste Congresso não se encontram gajas boas" ou outro do género, que demonstrem o nível das pessoas que os portugueses elegem para poleiros rotativos (não, não é por serem eléctricos, é só por rodarem) e que inseridos em partidos não dá para saber se os representam a toda a linha, se os partidos se revêem neles ou sequer se a coleira em que estes bichos estão presos está segura pela mão de alguém.

 

Quem Parte e Reparte...

Aí está outra vez a lista da 'Forbes' a fazer sonhar os dirigentes mundiais das terras mais recônditas.

"Ai se eu fosse um dia sultão..."
"Ou rainha de Inglaterra..."

...Ou um parasita como o Castro, que ainda que seja um herói de pata descalça, lá vai partindo e repartindo como melhor lhe convém.
Esta malta de "esquerda" e o seu coração de manteiga cada vez mais convence.

Mas falando em "partir", só foi pena da outra vez não partir os cornos de vez.
Enquanto há vida, há esperança.

 

Não Faças Essa Cara, Filha! Pensa nos Benefícios Sociais!!

Ei-lo, o nosso Sancho I, o novo Povoador, o Eros Trauliteiro que a bem ou a mal há-de tornar Portugal uma Pátria farta de gente, o nosso Engº José Sócrates.

Ainda que não tenha sido nada decidido já anda por aí - à boa portuguesa para ver se pega ou não pega - o furor da mexida nas contribuições dos casais para a Segurança Social em função do número de filhos.

Obviamente, a medida visa "incentivar os portugueses a terem mais filhos" como forma de sustentar a longo prazo uma Segurança Social hoje pouco segura.
E, na prática, traduz-se por aumentar as contribuições dos casais sem filhos e baixar os descontos para as famílias numerosas.

Só que os aspectos curiosos são vários.

* Para começar, a legitimidade de penalizar casais que não tenham filhos. Num País em que o Estado não é senhor das suas próprias contas, não tem nem incute vergonha a quem não cumpre com o que deve, um Estado pindérico e muitas vezes parasita, arvora-se por motivos financeiros um Henver Hoxa de trazer por casa, a mandar os cidadãos procriar ou não procriar. PQP!

* Depois, a fina sensibilidade das decisões de laboratório financeiro. Que levam a achar que "1+1=2, portanto, se vamos beneficiar uns, vamos penalizar outros e ainda encaixamos algum... ". Belo princípio social, o de fingir apostar num distante futuro participado, mas na verdade tentar encaixar JÁ umas massas aos casais não-reproducentes para os cofres do tal Estado esburacado e miserento que daria taaaanto trabalho a sanear...

* Depois ainda, o recorte tecnico-científico dos dados já avançados. No referido laboratório financeiro, os senhores chegaram à conclusão que "o incentivo será dirigido sobretudo aos casais com mais de 3 filhos"!!!!!!!
No País que somos.
Nas condições em que vivemos (ou viveremos!).

* Por fim, o leninismo de planificar e burocratizar a vida civil (logo uma gente tão desburocratizadora...) como forma de a controlar. Casais inférteis ficariam por razões óbvias fora do plano, bem como "casais em idade infértil" (!?), "trabalhadores viúvos" (!!?) ou "solteiros" (!!!?), que teriam de fazer prova destas condições - junto talvez do funcionário público de uma repartição do Estado lá do bairro, com declarações, atestados, certidões e outros quejandos (ou então via net, que seria menos embaraçoso), tudo para não sofrer as represálias de um Estado totalitário, de inspiração chinesa mas ao contrário. PQP!

Piores notícias que esta da "Finança como controlador demográfico", só mesmo, para os paladinos dos acasalamentos gay, ver da parte insuspeitável dos seus correligionários democratas a desmontagem peça a peça das teorias de que nada na sociedade civil equipara o casamento à família, a família a filhos, ou a sexualidade à reprodução!...

Entendam-se lá uns com os outros.

 

Im A Marionette

"You're so free", that's what everybody's telling me
Yet I feel I'm like an outward-bound, pushed around, refugee
Something's wrong, got a feeling that I don't belong
As if I had come from outer space, out of place, like King Kong

I'm a marionette, just a marionette, pull the string,
with ramdom precision
I'm a marionette, everybody's pet, just as long as I sing,
I'm a marionette, see my pirouette, round and round
I'm a marionette, I'm a marionette, just a silly old clown
with ramdom precision

Like a doll, like a puppet with no will at all
And somebody told me how to talk, how to walk, how to fall

Can't complain, I've got no-one but myself to blame
Something's happening I can't control, lost my hold, is it safe?

I'm a marionette, just a marionette, pull the string,
with ramdom precision
I'm a marionette, everybody's pet, just as long as I sing,
I'm a marionette, see my pirouette, round and round
I'm a marionette, I'm a marionette, just a silly old clown
with ramdom precision

"Look this way, just a little smile", is what they say"
You look better on the photograph if you laugh, that's okay"

I'm a marionette, just a marionette, pull the string,
with ramdom precision
I'm a marionette, everybody's pet, just as long as I sing,
I'm a marionette, see my pirouette, round and round
I'm a marionette, I'm a marionette, just a silly old clown
with ramdom precision

"You're so free", that's what everybody's telling me
Yet I feel I'm like an outward-bound, pushed around, refugee

sábado, maio 06, 2006

 

O Estoirado

De acordo com uma entrevista do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros Dr. Freitas do Amaral ao 'Expresso', o senhor, coitado, anda "completamente estoirado".

Por tudo.
Muita viagem, muito cocktail, muita cimeira, muita reunião, muito bacalhau distribuído,... tudo sobre um homem só e não há quem aguente.

Por um lado, não é surpresa.
Que o cavalheiro tem sérios "problemas de coluna", é sabido e bom de ver por qualquer um que o olhe nos olhos.

Mas por outro, é surpreendente que um Ministro de 64 anos, (jóia da coroa de um "Governo-Arca de Noé") esteja já fora de prazo e incapaz de andar aos figos.
Deve ser muito surpreendente... Pelo menos para quem votou na trupe.

Bem pôde o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros ameaçar com uma conferência de imprensa (que nunca chegou a dar!!) "para desmentir o título" da notícia do 'Expresso': "Freitas está cansado do MNE".
É que mesmo que o título em causa estivesse baptizado pela fome de vender jornais (que a vida está má para a imprensa), a entrevista foi considerada pelo Sr. Ministro “leal e correcta”!!
Pelo que o seu deplorável conteúdo estaria em conformidade com as alarvidades confidenciadas pelo titular dos Negócios Estrangeiros de Portugal.
Pelo que, nem sequer o título do 'Expresso' estaria tão desfazado assim. Uma vez que, de facto, "Freitas está cansado NO MNE"!
...Pelo que não precisava de ter ficado "absolutamente possesso", segundo "fonte governamental" (sic).

Claro que tinha de vir ao barulho o Sr. Primeiro-Ministro Engº José Sócrates, defender a(o) sua(seu) dama(interesse político!).
Apelidando de "abusivo e absurdo" o título da notícia e afirmando contra todas as evidências a "infelicidade do 'Expresso'" e não a do seu Ministro.
E deixando patente a atrofia mental de quem não distingue os conceitos de "transcrever" e "traduzir"(?) - como é verificável aqui, aqui ou aqui.

Parece, por fim, que o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros coloca descaradamente a possibilidade de "já não estar no Governo durante a próxima Presidência portuguesa da União Europeia, ou seja no segundo semestre de 2007".
Não é que faça muita falta, mas, SE CALHAR, os portugueses gostavam, de vez em quando, de não serem comidos por parvos e de ter notícias em primeira mão: sobre quem vai ou fica, sobre com quem se conta ou não, sobre de quem se deve esperar alguma coisa ou nem por isso.
Porque visto daqui, os senhores tanto já definiram o plano de aposentação do Sr. Ministro, que se calhar desde a sua anormal aceitação da pasta no Governo que a sua saída está agendada e contratada.
...E nós a gastar cera com este defunto enquanto os "estoirados" nos gozam à força toda!!

Mas acima de tudo que passe, permanecerão duas verdades lapidares da boca do próprio Dr. Freitas do Amaral por estes dias: na vida política já fez "tudo aquilo que se pode fazer" e já não precisa "de provar mais nada".
De acordo.
Boa viagem.

quinta-feira, maio 04, 2006

 

O.K., Administração Interna Não É Economia, Mas...

Foi o bom e o bonito no Bairro da Torre, lá para Camarate, em Loures.

Segundo a imprensa, a operação "Torre de Controlo", integrada no combate policial ao tráfico de armas, mobilizou 600 efectivos, entre "operacionais, de apoio e autoridades judiciárias".

Como resultado de um dia no campo, a PSP deteve 10 pessoas e apreendeu 19 armas de fogo.

Pois...
Mas isso é bom ou é mau?

Eu percebo a argumentação de que uma única detenção feita ou uma única arma de fogo apreendida é uma vitória incontestada para as forças policiais e para a segurança dos cidadãos!
Mas também sei que o Sr. António Costa é Ministro da Administração Interna, não é da Economia e que por isso talvez não perceba bem o conceito de relação custo/proveito.

Porque 600 efectivos da polícia empatados um dia inteiro para apreender 19 armas de fogo é obra! (Dá EM MÉDIA 32 agentes para encontrar uma arma!!)
600 efectivos da polícia para deter 10 pessoas é uma grande obra! (Porque sendo só dez entre homens e mulheres ciganos - um deles um infeliz que estava evadido de Bragança onde cumpria pena por roubo!!! - supõe-se: 1º que não houve "19 apreensões de armas" mas que elas foram encontradas para aí em meia-dúzia de buracos se tanto, aos molhinhos; 2º que não houve "10 detenções" pelo Bairro fora, mas que foram realizadas todas num local ou dois, numa casa ou duas.)

Porque, atenção!, foram realizadas 138 buscas domiciliárias no Bairro, autorizadas por mais de 200 mandatos judiciais!!
Com o que isto é de juízes a assinar papel, batedores a marcar casas, GOE a mandar abaixo portas e polícia a revolver casas!
138 buscas domiciliárias!!!
Com este resultado...

Mas nem era precisa esta conversa toda.
Bastava observar o espremidinho da Operação que foi feito para perceber o seu flop.
Listar, além da categoria das 19 armas, a apreensão de "dois silenciadores, 22 carregadores e 500 munições" é muito ilustrativo.

O Governo, o Ministério da Administração Interna e especialmente o Sr. Secretário de Estado, Dr. José Magalhães, não podem estar mais contentes com o resultado da Operação, considerando-a mesmo este último uma "machadada" no problema e que o Governo está a "debelar de forma significativa a raíz do fenómeno".
Ele lá saberá.
Em caso de fazer asneira, terá sempre aberta a possibilidade de regresso ao comentário televisivo.

Certo, certinho, é que o que me preocupa é o Estado em que estamos e o alegrotes que estas paneleirices nos põem.
Do destino dos senhores quero saber tão pouco como do boi que no meio da refrega foi encontrado, decerto que atónito com a agitação, numas traseiras, num curral.

 

Na Maior Democracia do Mundo

Na maior democracia do mundo, Zacarias Moussaoui foi condenado a prisão perpétua.

Apesar das múltiplas pressões e das muitas figas feitas à volta do mundo por mais um mártir da causa anti-americana e mais um prego no caixão político do Presidente George Bush, o réu foi poupado à pena de morte.
Na maior democracia do mundo, Zacarias Moussaoui foi julgado com lealdade num Tribunal Federal, por um colégio de jurados, cidadãos livres e independentes, por cumplicidade com os autores dos atentados do 11 de Setembro de 2001 em Nove Iorque, e considerado culpado.

Num processo em que o réu admitiu a sua culpa nos crimes por que estava a julgamento, em que à passagem das gravações dos momentos de agonia das vítimas do United 93 que se despenhou na Pensilvânia o réu respondeu com descontracção e sorrisos, foi feita a justiça das democracias.

Ninguém pode ser cego ou indiferente aos muitos PORMENORES DÚBIOS do vergonhoso 11 de Setembro de 2001.
Todas as teorias de conspiração são legítimas se uma demonstração cabal não as desmontar para lá de qualquer dúvida - mesmo as teorias malévolas, instrumentalizadas e sórdidas...

...Mas é indesmentível que este "bode expiatório" (único implicado até hoje!...) teve do Estado Americano o tratamento justo, racional e humano que se lhe exigia.
Sem revanchismos, nem delírios.

Este "bode" recebeu da parte do Sistema Judicial Americano o tratamento formal e mecânico que qualquer reles rato de automóveis, chulo rançoso ou molestador de crianças mereceria de um tribunal.

Nada a mais, nada a menos.

Porque não se permitiu que este homem fosse considerado nem mais nem menos que um comum prevaricador, condenado por um delito praticado.

«América, tu perdeste, eu ganhei», terá gritado o réu em resposta ao veredicto.
Mas nada mais falso.
Uma Nação indiferente - ferida mas inteira - cumpria nas ruas, sem hesitar, a rotina diária da Democracia, da Liberdade e do Progresso, enquanto dentro de uma sala de tribunal se ouvia o veredicto liminar e triste de um homem alimentado pelo rancor e equivocado, como muitos, na relevância do seu ódio para a História do Mundo.

 

Corrida Contra o Tempo

José António Saraiva, nome que ficou associado à Direcção do 'Expresso', volta à carga.

Prepara-se para parir (com epidural) um novo semanário: "Sol" e disso deu conta numa entrevista ao 'Correio da Manhã' (interessante escolha).

O aparecimento deste novo semanário (a gente estava mesmo a precisar da pulicação 75.426 nas bancas de jornais, faltava ali ainda qualquer coisa... ), que se quer "um jornal para a frente", resulta de uma concepção filosófica profunda sobre o universo do jornalismo e da comunicação.

Tem "um nome que rompe com o habitual" (!) e "que se memoriza bem"(!), tem "formato tablóide", é organizado "ao estilo caixa de Pandora" (?), com "zonas com várias secções e cores distintas"(...), apresenta um logótipo "com cores distintas consoante estações do ano"(!...) e destina-se a leitores "que querem publicações mais agressivas" (a gente estava mesmo a precisar de...).

Saiba-se, para mais, que "este projecto não é contra o ‘Expresso’", até por encarnar um espírito "brilhante: de luz, energia, calor".
Apesar de a "tendência do ‘Expresso’ ser para involuir (!!!!!!!!!!!!!!), andar para trás" e de se prever que "em três anos seja o maior jornal português. Não só batendo o ‘Expresso’, como qualquer outro semanário que apareça entretanto" (...o tempo começa a contar esta semana).

Este jornal vai ser mesmo um prodígio.
Senão, como seria possível que antes de aparecer nas bancas já se pudesse estar farto dele?

 

Dia de Reflexão no Portugal dos Pequenitos

Estão aí, as "directas" do PSD.

Depois de um parto difícil, acabaram por ser mais as vozes a defender no PSD que o partido tinha direito a ter o brinquedo, se o PS também o tinha.
(Até porque, aos olhos do vulgo, as "directas" tornaram-se maná democrático para qualquer partido decente. Não interessa se é ou não. É evidente para qualquer um que não é por aí, ...mas não é essa a imagem pública da coisa, e pronto!)

E... tiro de partida para uma (espécie de) corrida com vencedor antecipado.

Longe dos tempos em que, qualquer que fosse a situação, o PSD tinha a mostrar combates políticos interessantes, desta vez temos um dos dois maiores partidos nacionais a votar "à pescada" - mais uma vez a história do "antes de o ser, já o era".
Longe vai o tempo em que Fernando Nogueira arrancou a liderança do PSD numa disputa a sério (um PSD na altura órfão de Cavaco Silva e sem perspectivas de depressa voltar a ser Governo) . Ou Marcelo Rebelo de Sousa. Ou Durão Barroso, que a obteve contra Santana Lopes e... Marques Mendes.

Agora, nem tanto.

Mais arraial, menos arraial, o retrato está tirado.
Marques Mendes vai a votos sozinho, pré-ganho, a falar para o boneco.

O que lhe vale (e vice-versa) é o Governo de Portugal de Pequenitos que temos, que até a "líderes de oposição" destes permite ir aparecendo a dizer umas coisas na TV.

(Mas respeitemos o dia de reflexão laranja e esperemos com expectativa a surpresa dos resultados.)

terça-feira, maio 02, 2006

 

Não Largues as Drogas...II

Para gáudio dos mais desanimados, o esquerdismo extremista está em viçoso florescimento pelas Américas.

Já que não pega a Norte, já que Lula teima em não rebentar com a maior potência da América do Sul, alguém tem de fazer as honras.

Evo Morales, Presidente da Bolívia acaba de dar o mote para um neo Guevarismo pós-global: eis a nacionalização selvagem de estruturas de exploração de recursos naturais bolivianos nas mãos de estrangeiros.

Há muito quem afirme que este desvario irracional, populista, demagógico e revoluça vai dar mais dores de cabeça aos (muito) pobres bolivianos que os frutos estalinistas da Presidência de Morales.

Mas como se vai vendo dos exemplos dos mentores Fidel Castro e Hugo Chavez, o que mais interessa a estes rapaduras do Bloco é mais o ficar na História (uma "certa história" justificadora, veículo e propósito, auto-concebida e auto-escrita) que tratar das mais básicas e gritantes necessidades dos seus povos.

Mas cá estaremos para (continuar a) ver florir estas brilhantes democracias sul americanas.

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