Há quem não saiba quando deve parar. E o que há a fazer? Ensiná-los?

Já dizia o outro que "a Direita de quem entra é a Esquerda de quem sai", porque isto dos "lados" é mais bolos e porque a velha história de ser solidariozinho, reivindicativo e militante fora dos poleiros e uma coisa bem diferente "lá dentro" é uma verdade tão comprovada que se torna quase Lei Universal.

Porquê?...

Porque as palavras de ocasião são sempre muito mais fáceis que o fazer, porque há contingências de quem governa a que não se sujeita quem se "opõe", porque o poder quando alcançado nem sempre relembra a quem o alcança quem lho delegou, porque o próprio poder é pegajoso e molengão, porque o ser de carne e osso é meio caminho andado para a asneira portuguesa de pensar que o poder dura sempre e que há um regabofe à disposição de quem chega, and so ione...

Mas nesta campanha presidencial só se deixa enganar quem quer!
Os alertas estão mais que dados ao povo ignorante sobre os "interesses" em jogo da sinistra política. Por muitos, e muitas vezes, foi já bem denunciado onde está hoje "o mal"!

A atestá-lo, os discursos de quatro candidatos presidenciais que, inesperadamente, se revelam o Dupond, o Dupond, o Dupond e o Dupont de uma série caricata, sendo à partida eles supostamente tão diferentes entre si.

Notícias dão conta de que Mário Soares alerta para a onda de "interesses" dos apoios, da campanha e do candidato Cavaco Silva em chegar a Belém. Mesmo o site da campanha de Soares dá o alerta.

Da cavalgada dos "interesses da direita" avisa também Manuel Alegre, e para que não houvesse dúvidas, o seu site de campanha fá-lo também.

Jerónimo de Sousa não fica atrás no alarme que faz soar da catástrofe iminente, e tem direito também a um blog que o repete.

Não podia faltar o contributo bloquista: dizendo Francisco Louçã que os "interesses" existem, mas como marginal virtuoso, inclui no grupo sinistro dos que se movem nas sombras todos os que se entenda como dum "Bloco Central". E o site da sua candidatura também bate na tecla.

Portanto, em conclusão, e porque há que estar alerta!, não se deixe enganar nas próximas eleições.

É claro que é suspeito que o único "interesseiro" que exista na campanha presidencial seja o candidato da "direita".
É claro que a agudez dos sintomas, a repetição em padrão, o factor de expansão, manifestados nestes discursos sinópticos sugeririam o diagnóstico de uma histeria galopante, ...mas não!!
Tudo se trata de manobras de Órgãos de Comunicação concertados, ao serviço dos grandes grupos do capital e da finança, do neo-liberalismo americanizante e da desregulação social.

Depois não digam que eu não avisei.