sexta-feira, março 31, 2006

 

SOPEIRA V.0.6

O PS e o Bloco de Esquerda (quem é que jurou que estas aves raras nunca voariam no mesmo bando?...) aprovaram a legislação da paridagem que pretendiam.
Cada um fica na sua.

Uns continuam a achar que é à marretada que se muda a mentalidade falocrática de um País mediterrânico, outros que isto é o menos mau porque é melhor que a força da Lei leve às práticas que as práticas nunca levassem à Lei, outros ainda limitam-se a ficar contentinhos com esta esmola que é dada às mulheres - pode ser que elas fiquem reconhecidas, pode ser que pelo menos passem a não chatear tanto.

Mas haverá sempre os que acham (...e olha como é curioso irem da direita à esquerda!) que esta história é uma grande marmelada.

As sopeiras-pós-modernas - designação tecnico-histórica para um certo ideal feminino ainda vigente no nosso País - não sofreram nenhum upgrade com esta veneta política!

Apenas se anda a encanar a perna à rã, sugerindo que esta pariação vai permitir uma revolução nas condições de vida, trabalho, família, da mulher portuguesa, ao dar-lhe umas borlas nos tachos... da política.
E que QUALITATIVAMENTE as mulheres portuguesas que passarão a sentar-se em cadeiras do poder deixarão de ser as tias, profissionais liberais, socialmente privilegiadas, de bem, que se nunca lá estiveram, sempre lá por perto andaram.

Onde é que está, para quando será, a democrática paridade por exemplo entre homens de instrução, formação, condição económica ou frequentação social desiguais, no acesso aos apetecíveis lugares?

Mas estas perguntas pouco interessam.

 

Saudades da Sónia...

Ai que saudades que já temos da Boa Sónia...

 

Deficientes de Canadianas

(É EVIDENTE O ATRASO DESTE POST, MAS É QUE AQUI NÃO TEMOS PROFISSÕES LIBERAIS... )

Ser português é uma cruz que ninguém no mundo pode imaginar!

Já não basta amargar décadas a fio cá dentro, também o destino se encarrega de chagar a paciência aos portugueses que nem sequer perto de cá estão.

Parece que o Canadá está a pôr em marcha uma política de imigração - e os próprios imigrantes - sem grandes cerimónias nem rodriguinhos.

E sendo boas todas as ocasiões para testar o recorte técnico dos nossos Negócios Estrangeiros... assistimos ao erro dos lorpas que a tutelam, na mesma questão, quer por falta, quer por excesso.

Primeiro, achou-se que o Canadá era um País à la tuga. Em que o que se afirma é sempre passível de desmentido, de correcção, de recuo, de avaria porque alguém vai entretanto à casa-de-banho ou há uma boca desfavorável nos media.
Mas não. Não é.
Lá, o que se decide - para bem ou para mal - vale mesmo, porque resulta de decisão estruturada.
E o tempo interminável, a pastelice, o defeito com que os nossos carolas (FINALMENTE) acordaram, condenou qualquer tentativa de intervenção útil.

Depois, os nossos impotentes por vocação passaram ao excesso.
Percebendo que já o chão tinha fugido debaixo dos pés, foi através da goela esganiçada do Sr. Dr. Ministro Freitas que houve queixinhas aos media.
De novo incorrendo no erro de que o Canadá seria como nós, bastando alguém bater-lhe o pé ou havendo uma boca desfavorável qualquer na imprensa para que se agachassem, agravou-se a asneira.

Apesar de tudo isto, depois de ser recebido pelas altas individualidades canadianas, o Sr. Dr. Ministro Freitas saiu muito contentinho, de pito feito, um Chicken Little lusitano, para sua e nossa vergonha.
Vergonha vergonhosa para quem tenha dois olhinhos. É que o seu anfitrião também falou e explicou claramente que em vez de ter ido à pesca ou às corridas de cágados, olha... tinha recebido um Sr. Dr. Ministro Freitas, vindo lá dum lado qualquer.

Mas isto não há-de ficar assim!
Porque sendo uns bananas os nossos governantes não se deixam ficar por baixo, nem aos legítimos direitos de todo o português que se preze!
Por isso, senhoras e senhores... foi posta a questão nas maõs de um advogado!! UM ADVOGADO!

Assim, portugueses de aquém e além-mar, todos estamos bem f*did*s com estes asnos.

segunda-feira, março 27, 2006

 

SIMPLEX 2006

No contexto da mais recente criação do Governo, o Simplex 2006, contribuímos com a nossa parte de esclarecimento técnico.

"O" HERPES SIMPLEX já existia: é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pelo Vírus Herpes Simples (HSV).
O HSV-I normalmente origina úlceras na boca.
O HSV-II normalmente origina efeitos semelhantes nos orgãos genitais (vagina, pénis, ânus) e na pele à volta destas áreas.
Isso é consensual.

O que divide os especialistas é a eventual semelhança com as outras desta variante socialista.

Quanto as sintomas, há semelhanças.
Crê-se que o primeiro episódio da doença seja o mais grave - daí a força som que bateu a alguns caloiros da governação.
E após uma comichão que precede a ocorrência (como andava tudo em pulgas...), o indivíduo pode apresentar inchaços (tipos inchados... estão a ver?) e febre (gajos a delirar...ãh?...)

Nas causas clínicas e incidência, semelhanças também.
Incidindo sobre as mais diversas partes do corpo (nacional), as recorrências podem estar relacionadas com stress e fadiga (coitado do Sr. Engº...), falta de sono (ai coitadinho do Sr. Engº...), exposição ao sol (e como a pobre alma tem estado exposta...), menstruação (-não me pronuncio-) ou fricção genital (...nem quero ter nada a ver com isso).

Na transmissão, idem.
Como o HSV-I, este Simplex também é próprio da infância. Nasceu de uma criancice e transmite-se oralmente a outras crianças que o levam à boca.
Como no HSV-II, os efeitos deste Simplex registam-se em indivíduos cujo contacto íntimo com o Poder se faz numa base de comportamento mais promíscuo. Sendo que aproximadamente 40% dos infectados não sabem ainda que o estão, derivado aos sintomas presentes, demasiado leves para serem notados.

E no tratamento...
Não existe cura para a Herpes Simplex. É de esperar que passe.

Mas quanto à natureza da doença - no caso, do Simplex 2006 - já as coisas mudam de figura. Ao invés da Herpes clássica, esta socialista é extremamente mutável.
A prová-lo, uma notícia que dava conta do seu aparecimento e uma outra notícia que o aprofundava.
Podendo ver-se que, numa questão de dias, o alto valor do Simplex 2006 era impresso em jorna, para pouco depois na Imprensa ser ainda acrescentado.

Vale a pena fiacr atento.
...E cuidado com as linguinhas de trapo.

domingo, março 26, 2006

 

A Meia-Dose

José Sócrates foi a Bruxelas (o que não sendo tão orgástico como ir à Finlândia, já é qualquer coisa)...

E por lá tentou deixar a sua marca.

Perante os demais Governantes da União Europeia, instou a malta a mexer-se, que a Europa não é uma barca de calões que só têm paleio e que políticos competentes como o Sr. Engº tenham obrigação de orientar e sustentar.
Nem pensem!

Toca a passar das palavras aos actos que atrás vem gente, e quem não saiba, não queira ou não possa, deve dar lugar a outros - ou é preciso ir lá à terra deles arrumar-lhes a casa?

Este Home de Acção lusitano (em inglês: Action Man tuga), está aí para resolver.
E quando uma Presidência da União lhe pede para introduzir (salvo seja...) é sempre um portento.

Pena é o Sr. Engº Sócrates parecer um bocadinho (só um bocadinho...) o Mini Me do Austin Powers.
Um sucedâneo de batata.
Uma espécie de real stuff em versão (chamemos-lhe...) condensada.
Um figurão em perspectiva, que em grande plano não passa de uma amostra potencial.

Pena é Portugal estar entregue a estes pequenotes Mendes, Jerónimos, Castros, Louçãs, cuja especialidade é brincar no quintal e dar bitaites coloridos em Cimeiras da Primavera.
(Sou só eu, ou a "Europa" às vezes goza connosco à força toda?)

 

Um Homem não É de Ferro

Reza notícia de hoje que houve chiqueirada na Universidade Independente.

Pelos vistos um "elemento da direcção acusa reitor de fraude e desvio de dinheiro".
Diz mesmo que o reitor "pagou os seguros das casas e dos carros, andou a sustentar a família dele e o capital social que ele pôs foi com bens sem terem aprovações em assembleia de direcção".
E que "anda com carro, cartão de crédito, vive à custa da universidade e só tem feito disparates".
Que "não passa de um vigarista, porque anda a servir-se da universidade, de dinheiro e de bens".

Há gente sem vergonha nenhuma neste mundo...

Mas tudo isto é tolerável sob certas circunstâncias!
Pelo menos, ao que parece, durante um tempo x o referido elemento da direcção da Universidade manteve-se caladinho que nem um rato (de biblioteca). Por tibieza, receio, pudor, ou outro motivo qualquer, certamente muito válido e que o próprio poderá explicar.

Mas a "realização de um congresso maçónico não autorizado pela direcção" na Universidade Independente é que lhe fez saltar a tampa!

Para qualquer adulto normal andar a brincar às cozinhas ou às malandrices domésticas, com direito a aventalinho e acessórios diversos, é um bocado demais!

Como nós o percebemos...
...Mas lá voltaremos um dia, ao suculento osso maçónico.

sábado, março 25, 2006

 

Another Chick in the Wall

É fim-de-semana.
Aproveitemos as coisas boas da vida!

 

Tás Maver Dóculos

Assim não vale.

Segundo reza a notícia, parece que o PS "vai apresentar um diploma na Assembleia da República para alterar o regime de substituição dos deputados, impedindo a renúncia e restringindo a suspensão do mandato".

É que alterar o regime de substituição ou de suspensão é universalmente aceite e pacífico para todos, não havendo aí nenhuma avaria!

O que é egoísta é querer alterar as regras para a renúncia a mandatos, no sentido desta não ser possível, sabendo que assim se atingem os adversários.
Porque se para os demais partidos fôr impensável aceitar uma regra que agrafe os deputados às bancadas impedindo-os de sair, já para o PS esta é uma decisão à cortada à medida.

Assim, sempre que haja deputados do PS suspeitos de pedofilias e outras, já vão poder alegar que até saíam... se pudessem.

 

ESTADO DE ALERTA ROSA

Notícia de Última Hora.

A CEGUETA (Central Estratégica Global de Unificação Estimativa e Tratamento de Ataques) deste blog diz possuir informação secreta segundo a qual terá ocorrido nos últimos dias uma tentativa de sabotagem deste.

Foi por isso declarado o Estado de Alerta Rosa neste blog, estando a ser preparadas contra-medidas como a mobilização de um regimento de putos fisgadores da E.B. nº1 da Porcalhota.

Estaremos atentos a informações complementares, contudo a gravidade da ameaça não nos parece merecer mais preocupação que esta.

terça-feira, março 21, 2006

 

Não Largues as Drogas...

Que um macho latino (dos bons) não dá hipótese, já todos sabiam - até por experiência própria, que isto de andarmos aí a a gabar-nos é de muito mau gosto, mas o que é, é.

E um machão proletarão venezuelano e com excesso de peso é um autêntico monumento.

Mas parece que o senhor em causa, machão como poucos, o Presidente da Venezuela, Hugo Chavez, deu na bichice histérica de arrepelar cabelos e chamar nomes gritadinhos ao Presidente americano.

No que parece ser uma nova fase da caricata corrida de burros, espera-se a contrapartida de Bush, que, como se sabe, quando abre a boca não deixa pedra sobre pedra.

Mas enquanto vem e não vem, fica um pequeno retrato do GRANDE SENHOR que é Hugo Chavez, à semelhança de Lula da Silva um salvador das Américas e do proletarismo tremelique dos dias de hoje, que por andar com tão más companhias arrisca não cumprir as tão altas expectativas que nele depositam.

segunda-feira, março 13, 2006

 

Dai-nos SENHOR uma boa Motrização


Oh LORD, won't you buy me a Mercedes Benz?
My friends all drive Porsches, I must make amends.
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So LORD, won't you buy me a Mercedes Benz?

Oh LORD, won't you buy me a color TV?
Dialing For Dollars is trying to find me.
I wait for delivery each day until three,
So oh LORD, won't you buy me a color TV?

Oh LORD, won't you buy me a night on the town?
I'm counting on you, LORD, please don't let me down.
Prove that you love me and buy the next round,
Oh LORD, won't you buy me a night on the town?

Everybody!
Oh LORD, won't you buy me a Mercedes Benz?
My friends all drive Porsches, I must make amends,
Worked hard all my lifetime, no help from my friends,
So oh LORD, won't you buy me a Mercedes Benz?
That's it!

Janis Joplin


É chato não bater o texto com a ilustração.
Mas também, desta vez, não podia...




quinta-feira, março 09, 2006

 

Os Ordinários Sapateiros


Pode parecer lírico, mas era decente poder conceber a Assembleia da República como uma zona burgesso-free. O último reduto de um País grunho, um exemplo descomplexado para a Nação que a elegeu.

Mas nunca nada é exactamente como se deseja, certo?

Foi ver hoje, ainda o novo Presidente não tinha quase tomado posse, já uma manada se entretinha a alambazar-se de grosseria e ordinarice, desiludindo quem dela esperasse mais qualquer coisita.

E sobre "ordinarices", reporto-me (pelo menos) às de três tipos.

1ª - A ordinarice original de um ordinário de carreira, o Sr. Dr. Mário Soares.
O cadáver adiado (esta paga direitos, e não a mim...) insiste em fazer jus à sua merecida fama de beber chá de mindinho esticado mas ser... basicamente um ordinário vulgar.
É assim que se classifica alguém que no dia de hoje, tendo-se dado ao luxo de aceitar o convite para estar presente na tomada de posse do novo Presidente da República (se calhar afinal só lá foi para farejar uns aperitivos à pala) se dá ao luxo supremo de não cumprimentar o recém-empossado.
Que me digam que esta alimária está para além do bem e do mal (outra a pagar royalties), há malucos para tudo, mas não me confundam com gente desta.

2ª - A ordinarice militante de partidos políticos com assento na Assembleia da República (repararam que não disse "partidos democráticos"?) que mais enxovalham a Nação da casa da qual comem e bebem que as suas mal lavadas reputações.
Parece (se calhar fui eu que perdi esse episódio...) que estar sentado na Assembleia da República isenta os titulares dos respectivos cus do respeito pelas mais elementares educação, decência ou honra.
É que comunistas e bloquistas não aplaudirem o discurso de circunstância do novo Presidente da República, isso é lá com eles. (Sei eu lá com que vontade o PS aplaudiu algumas coisas, ou se ao PP ou ao próprio PSD apetecia estar ali a fazer claque...)
O que sei é que terminado o discurso da praxe lhes competia aplaudir o cidadão eleito, o titular, a circunstância, a dignidade, os presentes, os convidados, TUDO o que a cerimónia sempre encerra quando se realiza.
Mas estes gajos ainda devem ter família nos Super Dragões, pelo que é de espantar não terem VISTO a cerimónia de costas!

3ª - A ordinarice profissional encartada e graduada do Dr. Jaime Gama, Exmº Presidente da Assembleia da República.
Que no dia de hoje, na tal circunstância excepcional da tomada de posse de um Presidente, não resistiu a reeditar a história do pintor Apeles.
Aquele que, diz-se, precisando um dia de representar na tela uma sandália, pediu o conselho habilitado de um sapateiro. O solícito sapateiro lhe explicou o que lhe parecia melhor ou menos bem na pintura em curso, começando no plano do pé, mas entusiasmando-se pouco a pouco com o protagonismo da sentença e arrastando as suas achegas por aí acima, o pé porque assim, a perna porque assado... terá ouvido do pintor Apeles qualquer resposta como: "não suba o sapateiro acima da chinela".

Da mesma forma, o Dr. Jaime Gama inverte as grandezas e no primeiro dia de mandato presidencial faz o frete ao seu partido ensinando ao Presidente da República como se obra no seu ofício (o Dr. jaime Gama, com tantos anos de experiência de Presidência da República).

O novo Presidente que vá com calma a pegar no Governo, porque ninguém melhor que ele deve "saber valorizar o tempo e o procedimento adequados para as soluções dos problemas nacionais"; que a especialidadeb do Governo é o esqui.
O novo Presidente que não se ponha com avarias de meter o bedelho na governação, já que está encostado como Primeiro-Ministro, ou dito em língua de cama "Liberto da responsabilidade executiva que, há vinte anos, começou por deter, e durante uma década, mas compreendendo detalhadamente as suas vicissitudes, Vossa Excelência ascende agora à altíssima posição e responsabilidade de Presidente da República".
O novo Presidente, que nem lhe passe pela carola vir sequer à janela, porque "Ao atingir, com a sua eleição, e pela primeira vez, o patamar do puramente político e institucional, Vossa Excelência inicia um mandato inteiramente diferente, face a anteriores experiências pessoais". É dizer sim senhor não senhor, comer a tapioca e calar a boca.

Tudo isto vindo de um cromo da bola (semelhante a muitos parecidos com ele) a quem nunca se conheceu nada feito de valor, que justificasse um décimo da reverência que supostamente lhe é "devida" pelos viventes normais.

Há gajos muito ordinários.

 

Quem Ri quando Pode, Sabe o que lhe Fica


O Professor Aníbal Cavaco Silva tomou hoje posse.
Não fez revelações bombásticas sobre como vai exercer o seu mandato.
Também, ao preço a que foram os bilhetes, ninguém devia estar à espera de variedades e strip.

Não sei se vai haver muita gente com vontades durante o(s) seu(s) mandato(s).
O que sei é que neste momento estou eu a rir-me com gosto de quem ainda anda esbugalhado como o desafortunado gato que estanca a meio de uma estrada com os faróis do carro em já cima.

Porque o que o que há-de vir não é garantido para ninguém.

 

O Novo Presidente

Temos um novo Presidente.
Gosta quem gosta, quem não quer deixa à beira do prato.

O que é certo é que a grande "Contra-Informação" que é este País foi obrigada a engolir em seco e a crismá-lo, passando-lhe o nome de "Acabado Silva" para "Regressado Silva"! E está tudo dito.

Em Portugal há gente com muita dificuldade em distinguir quem está ou não morto politicamente!!

Como há muita gente que, contrariada, vai ter de levar com ele.
Mas toca a todos. É para verem o que goza quem não é xuxa e durante esta eternidade andou a gramar "Presidentes de Todos os Portugueses" rosinhas-pró-rosinhas.

Cá estaremos para lhe aquecer as orelhas durante 5 (10?) anos.
Mas por agora, saboreemos...

quarta-feira, março 08, 2006

 

Adeus e Vai pela Sombra


Portugal está muito penalizado com a despedida ao Dr. Jorge Sampaio.
(À hora que é, creio até que já nem vou almoçar.)

Fica uma singela palavra de desprezo por alguém que (bom socialista) quis estar bem com tudo e todos, representar o supra-paizinho conciliador, e acabou por se ridicularizar a cada esquina.

No fito da "Presidência de Todos os Portugueses" (patranha do tempo do Dr. MASP) encarneirou-se, e ao País, na tradição dum primeiro mandato de bocejo (caracterizado pelos discursos solenes redondos e insondáveis, e pela cumplicidade com os desGovernos Guterres) e dum segundo de querer "Fazer História" (com o bailarico do nomeia não nomeia, e demite quem não fez mal a ninguém: o Parlamento).

Quando se queixa dos tempos difíceis da questão iraquiana, porque segundo ele, se devia ter tentado até às últimas a via dialogal ante de partir para a porrada, está a sustentar em parte a chamada Doutrina Powell (de Collin Powell), segundo a qual antes de qualquer intervenção militar há que esgotar todas as vias não-violentas de resolução de probçemas - o que foi mais do que o caso no Iraque de 2003, ainda que o ilustrado pensador europeu não consiga atingir.

Vamos ter saudades daquele seu terjeito (que por politicamente-correctos acabou por perder) do "pá! isto, pá! aquilo", à la Otelo, a relembrar os seus tempos de tropelias de cravinho ao peito, das suas privações de sentidos que o levavam a não saber que País estava a visitar, das suas Presidências Entreabertas, que nunca tiveram o descaramento das de Mário Soares e por isso serviram de muito pouco, e tantas outras boas recordações...

Por tudo isto lhe desejamos que vá pela sombra, que nos desampare a loja, que vá lá ver muitos filmes ou lá o que ele quer, e que se porte como um homenzinho - não vá a sua Maria enervar-se e ter de lhe dar uns açoites.

 

A Pata que os Paridou

Dia Internacional da Mulher e (não só) o PS a alarvar com demagogia... Não é novidade, mas é um momento bonito.

Sob pretexto de serem os maiores amantes de mulheres (se são os melhores em tudo, porque não haveriam de ser também nisto?) o PS corre a salvar a honra das mulheres que, coitadinhas, andam arredadas das listas as eleições.

Por isso "foi entregue na Assembleia da República um Projecto-Lei que pretende obrigar os partidos a incluírem nas listas eleitorais pelo menos um terço de candidatos de ambos os sexos."
"Um homem em cima, uma mulher mais abaixo, outro homem entretanto" - numa espécie de gang bang com receita.

Ora, dá para perguntar:
* porque é que estes beneméritos não propuseram uma paridade como deve ser, isto é, 50/50 ? Não há tantas mulheres como homens na sociedade portuguesa? Não são tão bons exemplos de competência elas como eles? Não estão a adquirir uma formação técnica e científica igual ou superior à dos homens? Mas não! Que ser caridoso é uma coisa mas justo é muito mais doloroso e há muito menino para sustentar em listas!

* porque é que esta coisa das "paridades" só se aplica às listas eleitorais? Porque é que os lugarzinhos chorudos nas gordas administrações e direcções do Estado ficam de fora desta medida brilhante? Porque é naco que não se larga assim com duas cantigas?

* como é que estes idiotas propõem estas coisas se não lhes dão bases? Isto é, se cada lista partidária a eleições deve ter 1/3 de mulheres, o que garante que as haja na fonte? O que obriga a que os partidos tenham nos órgãos internos 1/3 de mulheres? Ou 1/3 de mulheres como militantes?

* e o que é isso de CANDIDATOS DE AMBOS OS SEXOS? Pode vir a ser complicado. Hermafroditas não há por aí aos pontapés!!

Muito brinca esta pandilha.
Se calhar era melhor assegurar condições PARITÁRIAS de educação, emprego, segurança, conforto, lazer, que permitissem às mulheres entrar com maior representatividade na política, não era?...

Mas vindo da Srª Dª Maria de Belém, a única mulher em Portugal a quem um Primeiro-Ministro (o socialista António Guterres) construiu um Ministério por encomenda, diria que o sexo feminino pode bem ter esperança.

 

Feliz Dia... Mulher.

O Random Precision-O Original assinala o Dia Internacional da Mulher.

Um dia tão parasitado como os outros para fins de propaganda, mas que, se calhar, bem vistas as coisas, tem toda a razão de ser.

É uma forma de valorizar quem tende (neste País atrasado) a ser menosprezado, quando representa, porventura, o maior valor acrescido para a família, para a sociedade, os costumes, as mentalidades, para o futuro.

Um feliz dia... para todas (sem excepção).

terça-feira, março 07, 2006

 

Ser Gaymente Correcto

Não é bem verdade, que os gays (espécie animal criada em laboratório para fins de marketing) estejam a proliferar.

Por um lado, e tecnicamente, eles não "proliferam", por outro lado não os há a nascer debaixo das pedras nem a sair de escolas de formação.

Há os que há, homossexuais de ambos os sexos.
Como sempre houve, como sempre haverá, a par dos heterossexuais, dos louros e dos morenos, dos direitos e dos marrecos, dos inteligentes e dos estúpidos, dos sportinguistas e dos portistas, dos maliciosos e dos bondosos, etc., na riquíssima variedade do género humano.

O que é certo, só o ceguinho não vê e por isso é muito suspeito desmentir, é que "os gays andam aí".
Ai andam, andam. E cada vez mais - quando a aritmética não o fazia nada prever!... Correspondendo o "andar por aí" a um meter-se pelos olhos dentro, a uma alapação dos "gays" aos media, à adopção pela sociedade de informação subitamente convertida ao gaymente correcto de umas criaturas de estimação, de uns bibelots coloridos, que se guardam numa gaiola, que se observam com curiosidade e se comparam com os da concorrência.

Hoje, é "bem" ter alguém "gay" na família, no emprego, no círculo de amigos, num programa, num evento, em qualquer lado, e poder dizer em público - E ESTA É A PARTE-CHAVE! - "que não se tem problemas NENHUNS com isso e que por tal se é PODRE de tolarante, 'tá a ver?"...
Mais.
Hoje em dia, só falta começar a haver adesão ao gaysismo como forma de auto-promoção nos círculos mais "in" da nossa sociedade, da nossa (chamemos-lhe) cultura e da nossa (sim, eu sei que custa, mas vamos lá...) intelectualidade.

Algum drama nisto? Sim!
Onde?
No facto de se andar a brincar com o direito à afirmação e à identidade de cidadãos, que pelas suas orientações sexuais nunca poderiam num País normal ser alvo de discriminação ou qualquer tipo de diferenciação negativa por parte dos seus iguais!

Só que Portugal NÃO É UM PAÍS NORMAL e tendemos demasiadas vezes a esquecer-nos disto. E nele as duras barreiras sociais do poder económico, da escolarização, da educação cívica fazem sentir-se agudamente. Seja no universo da orientação sexual seja em qualquer outro.
E enquanto brincamos à paneleirice na televisão e em tudo que é canto, estamos a gozar, a achincalhar, a degradar, a condenar cada vez mais os direitos desses homens e mulheres que não são paneleiros, não são fufas, muito menos são "GAYS", que não são extraterrestres, mas só pessoas que quanto mais depressa aprendermos a aceitar e a respeitar, melhor para todos!

Mas não vamos lá com injecções de paneleirice (não, não disse penicilina!) que supostamente são muito modernaças, muito democráticas, muito igualitárias e muito "formativas" porque assim, supostamente pelo desgaste, "lá nos vamos todos habituando a ELES".

 

Talking About Sweet Love III

La seducción de un hombre caliente!...

 

Another Brick in the Wall


segunda-feira, março 06, 2006

 

O Espantalho Espantado

Pois é, o Senhor Primeiro-Ministro foi à Finlândia.
O que para ele deve ter equivalido a ir à EuroDisney, tal é o fetiche com a tecnologia e o desenvolvimento desse País.

Mas até a um homem do mundo, como é o seu modesto caso, há coisas que tocam na alma.
É que os finlandeses são tão bons, tão bons , tão bons, que não dá para crer!
O próprio Engº José Sócrates não se aguentou e viu-se forçado a manifestar-se "impressionado [no caso] com organização do ensino" finlandês!

Ora, que o homem é de há muito para muitos um espantalho, não há dúvida, mas o que intriga é a capacidade descomunal deste espantalho se espantar...

Senão, veja-se em pormenor :
* O Primeiro-Ministro português fez uma visita à Finlândia de 24 horas. Partindo do princípio que não de "24 horas" mas de"um dia útil";
* uma visita "essencialmente voltada para as questões da educação, economia e novas tecnologias" - SÓ!...;
* arranque e não arranque de Portugal (não deve ter saído de cá às três da manhã!...), viagem de ida, chegada e não chegada, " 'Tão isto é que é a Finlândia?", e mais não sei quê...;
* a agenda incluía uma visita às instalações da Nokia, em Helsínquia, a maior multinacional finlandesa e que simboliza bem a economia do país, "Isto aqui está porreiro, e tal!";
* incluía também uma reunião previamente marcada com o Primeiro-Ministro finlandês, "'Tás fino, pá?, toma lá um bacalhau!", e outra com a Presidente da República da Finlândia, "'Tás boa?, dá cá um chocho..." - "reuniões" que para serem "reuniões" devem ter levado para lá de 10 minutos!;
* sendo o homem de carne e osso, deve ter parado para comer uma bucha da lancheira lá por altura do meio-dia e outra por altura do lanche;
* despedida e não despedida, beijinhos à família, e tal, saída e não saída, viagem de regresso (e não deve ter chegado à meia-noite)...
Sobrou-lhe o tempo que se imagina para "visitar" (como tinha "visitado" a Nokia!) a Escola Básica de Ressu, considerada modelo ao nível do Ensino Básico, onde teve umas noções da articulação na Finlândia do sistema de ensino com os municípios.

...E ficou "«impressionado» com o nível educacional e com a organização do sistema finlandês de ensino"!!

O espantalho, que como se suspeita não teve tempo nem para se coçar quanto mais para aferir "níveis educacionais" (?????) e "organizações de sistemas de ensino", fez a figura do labrego que vem (ou vinha, há dois séculos atrás!) a Lisboa, sai de cá de cara à banda e volta "impressionado" à terreola para contar ao serão à volta da lareira as suas aventuras a uma famelga ansiosa.

É esta a Embaixada de Portugal no mundo!

(A parte mais normal do dia deve mesmo ter sido quando o Sr. Primeiro-Ministro "aproveitou para trocar algumas palavras com os alunos" da escola básica.
Pelo menos a mentalidade estava ao nível - não defazendo nas crianças - e sempre deu aos jovens algumas histórias para contar ao serão, à mesa do jantar, animando por minutos alguns lares finlandeses.)

 

A Nação do Ridículo

No seguimento de inúmeras queixas de cidadãos indignados com a falta de laicidade da sociedade portuguesa, o recém-criado Movimento República e Pandeireta entregou na Assembleia uma petição, exigindo o agendamento de um debate sobre a gravíssima questão.

(Talvez interesse a alguém ver isto.)

Da petição constam também preciosas propostas para a correcção legal da deformação em causa. Como:

1 - Alteração ou eliminação de denominações comuns.
O famoso Pão de DEUS passaria a "Pão de Massa com Um Bocadito de Côco em Cima", o Toucinho do Céu passaria a "To-cinho Do-ce", e seriam abolidos, entre muitos outros, os serviços de CRISTal, as Palavras CRUZadas e o detergente Fairy - o MILAGRE anti-gordura.

2 - Ajustes nos feriados do calendário civil.
Por exemplo, o 15 de Agosto, Assunção de Nossa Senhora, passaria a chamar-se "Assunção das Senhoras" (seria o feriado nacional do gorgulho gay em que quem tivesse uma senhora dentro de si aproveitaria para soltar a franga); o 1 de Novembro, Dia de Todos-os-Santos, que passaria a ser só "O Dia de Todos" (dia em que num espírito global o País sairia à rua com flores no cabelo, pata descalça e guedelha em rebuliço - a não ser que chovesse ou que desse o Benfica); o 8 de Dezembro, Imaculada Conceição, que passaria a ser o "Dia do Imaculado Avental" (em que por todo o País ocorreriam competições de barrela e saponária para ver quais os maçons mais aprumados no trato do enxoval); 25 de Dezembro, Dia de Natal - este ainda em dúvida, porque muitos dos signatários têm lojas abertas nessa altura e..., prontos!

3 - Mudança do nome de localidades como Madredeus e Avenida da Igreja, que pasariam a "Madre" e a "Avenida da" respectivamente, Santa Maria da Feira, que passaria a simplesmente "Maria da Feira", Rua Cristóvão Colombo, que passaria a "Rua Vão Colombo" - o que até era bom para o negócio dos talhos, ou Santos, que passaria a ser substituído por um símbolo como fez o Prince - do tipo «Logo à noite vou a Í!»), and so on.

4 - Mudança de nome de estruturas de utilização pública: como Mosteiro dos Jerónimos para "Imóvel Manuelino de Belém", Castelo de S. Jorge para "Castelo Altaneiro sobre a Capital", ou do Convento de Mafra para "Carrilhódromo Municipal de Mafra".

5 - Aplicação de coima por utilização de expressões como "Valha-me DEUS", "Ai, Minha Nossa Senhora", "Cruzes canhoto!", "Jesus, Maria, José!".

Com a Graça de DEUS, vai ser limpinho.

 

O Choque Farmacológico

Com tanta pompa quanto a possível, lá foi o Sr. Primeiro-Ministro, Engº José Sócrates, assinalar o primeiro aninho da venda de medicamentos fora das farmácias.
Do evento deram notícia os media, ainda que (parece) falhando o local visitado!

Parece que está a ser uma maravilha.
As farmácias não estão tão zangadas como parecia, não está a haver tanta barraca com a compra de medicamentos "à la hipermercado" como poderia, alguns preços desceram como se previa... uma maravilha!

Já para não falar no aspecto ludico-cultural que tem esta descentralização farmacológica.
Quem vá ao site do INFARMED consultar a cornucópia de medicamentos à disposição do esclarecido consumidor português no hiper, fica esclarecido.

É ver as famílias inteiras a romar para as parafarmácias do País, a perpetuar a tradição de gerações ao comprar caixinhas de: Hirudoid, Melhoral, Betadine, Vicks Vaporub, Rennie, Euphon, Ilvico N, Calicida Indiano, Tantum Verde, Vomidrine, e tantas outras memórias tomadas em dose diária...

Ou a tomar conhecimento com novas usanças e novas culturas.
O mundo está repleto de Vibrocil, Benetussin, Pepsamar, Miodec, Forlax, Enjomi, Xarope de Maçãs Reinetas, Pantadolor, etc., prontos a explorar.

Não esquecendo a dimensão de divertimento familiar bem popularucho que estas visitas encerram.
Tais álbuns do Quim Barreiros, os novos espaços farmacêuticos são oásis de reinação no monótono deserto do dia-a-dia!
Quem experimenta Rectopulmo, Mucorespiral, Laxodal, Deflatine, Perdolan Mono, Verolax, Replens (creme vaginal!), Algina, Cligellax, Levonelle, Handscrub (e como é importante a Língua Inglesa!), Enema Fleet (importantíssima...), Gastrobário Coloidal, Totaforte, Picolax, Gretalvite, Rosalgin, Stimulex, Tussilene, ...enfim, não esquece.

Claro que há sempre os que acusam o poder governativo de andar a brincar às casinhas sem resolver os problemas farmacêuticos de crianças, idosos, doentes crónicos, agudos e quejandos, que cada vez vêem mais Braga por um canudo.

Mas esses que tomem um Guronsan ou umas Bisodol, que também se lá vendem.

 

Michelangelo Buonarroti


Ora, assinalando UMA EFEMÉRIDE A SÉRIO, celebramos o aniversário do nascimento de Michelangelo (não confundir com o gajo dos Delfins!!) di Lodovico Buonarroti Simoni.

Nascido em Caprese, Toscânia, a 6 de Março de 1475 foi um pintor, escultor, poeta e arquitecto renascentista italiano.

É famoso principalmente pela criação dos frescos do tecto da Capela Sistina, um dos trabalhos mais extraordinários da arte Ocidental, e também do O Último Julgamento sobre o altar e do Martírio de São Pedro e Conversão de São Paulo na Capela Paolina do Vaticano.

Entre as suas muitas esculturas, contam-se a Pietà e o David, sublimes obras-primas, bem como os seus Baco, Moisés, Raquel, Léa e membros da família Medici. Foi também ele a conceber a cúpula da Basílica de São Pedro em Roma.




Seu pai, Lodovico, era magistrado em Caprese, mas Michelangelo cresceu em Florença e mais tarde viveu com um escultor e sua esposa na cidade de Settignano, onde seu pai tinha uma mina de mármore e uma pequena fazenda.

Contra a vontade de seu pai, Michelangelo escolheu ser aprendiz de Domenico Ghirlandaio três anos começando em 1488. Impressionado, Domenico recomendou-o para Florença para estudar com Lorenzo de Médici. De 1490 a 1492, Michelangelo frequentou a sua escola.

Após a morte de Lorenzo de Médici, em 1492, Piero de Médici (filho mais velho de Lorenzo e novo chefe da família) recusou-se a suportar o trabalho artístico de Michelangelo. Sob pressão, Michelangelo decide sair de Florença e vai para Bolonha três anos.

Logo depois, o Cardeal San Giorgio comprou a obra de Michelangelo em mármore Cupido e decidiu chamá-lo a Roma em 1496. Influenciado pela antiguidade de Roma, produziu Baco e Pietà.

Quatro anos mais tarde, Michelangelo retornou a Florença, onde ele produziu seu mais famoso trabalho: David. Ele também pintou a Sagrada Família da Tribuna.

Michelangelo foi convocado novamente a Roma em 1503 pelo recém-designado Papa Júlio II e foi comissionado para construir a tumba papal. Entretanto, durante a patronagem de Julius II, Michelangelo tinha constantemente que interromper seu trabalho para fazer outras numerosas tarefas. A mais famosa é a pintura monumental do tecto da Capela Sistina no Vaticano, que levou quatro anos (1508 – 1512).
Por essa e outras interrupções, Michelangelo trabalharia na tumba 40 anos sem nunca a terminar.

Em 1526, os cidadãos de Florença, encorajados pelo saque de Roma, expulsaram os Médici e restauraram a república. Michelangelo voltou para sua amada Florença para ajudar a construir as fortificações da cidade de 1528 a 1529. A cidade caiu em 1530 e os Médicis voltaram ao poder.

A pintura de O Último Julgamento, na janela do Altar da capela Sistina foi comissionado pelo Papa Paulo III, e Michelangelo trabalhou nele de 1534 a 1541. Então, em 1547, Michelangelo foi apontado como arquiteto da Basílica de São Pedro no Vaticano.

Anos mais tarde, em 18 de Fevereiro de 1564, Michelangelo morre em Roma aos 89 anos de idade, constando por aí que tinha um grande sentido de humor.

 

I like rich people. I like the way they live, and I like the way I live when I'm with them.


- Chama-lhe parvo! Devias pensar que ele era da esquerda a sério, não?...


 

A Mãe de Todas as Atrocidades

Quem não saiba ou não queira lembrar-se, pode sempre contar com a nossa ajuda!

Quando se fala tão à boca-cheia de atrocidades históricas, procurando-lhe o impacto de que supostamente hoje alguém se deveria condoer (!!), é pertinente relembrar o nascimento sangrento e bárbaro do "nosso" republicanismo europeu.

Que a higiene e os bons modos das intelectualidades pardas da nossa praça nasceram na mesmíssima forja de todos os outros movimentos, filosofias ou religiões, relevantes para o ocidente nos dias que correm: a violência.

Quem quiser ir dar um pulo à Wikipedia pode recordar o que foi o período revolucionário francês.
O tal que depôs a Monarquia Absolutista e instituiu a República, que estabeleceu uma Carta de Direitos fundamentais do Homem que os igualizou na sua dignidade, que gizou a sociedade tendencialmente mais justa que hoje perseguimos na Europa, blábláblá...

...Mas que se fez à custa do que hoje se chamariam matanças selectivas.
Marcharam lampeiros à frente da guilhotina republicana desde nobres e aristocratas a povão, desde políticos a funcionários do Estado, desde gente de dada proveniência geográfica a outros com opiniões pouco consonantes, etc. Marchou tudo. (Inclusive este senhor!, reconhecido perigosíssimo bandido.)

Foram montadas mais de 40 guilhotinas por toda a França, uma em cada região administrativa, sendo só em Paris montadas meia-dúzia (Place de Grève, Place du Carrousel, Champ-de-Mars, Place de la Révolution [hoje da Concorde], Place St-Antoine [hoje da Bastille], Barrière du Trône [hoje Place de la Nation]) havendo relatos de que nos meses de Verão de 1794 as guilhotinas de Paris tinham períodos de funcionamento que chegavam a 6 horas diárias.
Só em Paris estimam-se os guilhotinados e enterrados em valas comuns perto de 19.000 e no resto do território uns 42.000 (num total acima das 60.000 pessoas).

"Ah, e porque nesse tempo era assim... e não sei quê, ...e porque são dores de parto, caprichos da história, e tal e coiso..."

Pena é que os "caprichos da história" sirvam para explicar APENAS algumas coisas.

domingo, março 05, 2006

 

A Coerência do Nómada

Era uma vez um senhor que, coitado, nasceu virado para a esquerda. (Sim, a esquerda mesmo a sério, não a "esquerda-faz-de-conta".)
E que, coitado, viu a sua vida a andar para trás quando vislumbrou que no seu País um Governo de direita poderia vir a ser eleito.

Então fez um ultimato aos seus concidadãos e jurou que, se tal visesse a acontecer, abandonaria a sua terra.
Mas aos seus concidadãos fez tanta mossa o ultimato que lhe concretizaram os negros receios... e lá vai ele porta fora aterrar no País do lado.

Da história exemplar aproveita-se a moralidade do "Quem Está Mal, Muda-se".

Não num sentido sectário do estarmos todos condenados a comer e calar no quotidiano "dos outros", sejam eles quem forem, sejam quantos forem, estejam errados ou não, desde que eles façam parte do grupo ascendente! Nada disso. Ou de monstruosidade semelhante.

Apenas no rigoroso sentido de que quem está tão mal, quem não consegue de todo conviver com uma realidade geneticamente incompatível, que se sente tão isolado num contexto que lhe é estranho, quem rejeita que os outros ajam livremente de forma diferente da sua e que isso viola a sua própria liberdade, quando a desproporção deste quadro social eu-outros cavalga a paranóia de haver "uma Sociedade" errada e "um Indivíduo" certo... tudo isto deveria fazer passar uma mensagem.
OU NÃO?


Ficam no final as pontas soltas da história exemplar do senhor nómada que se foi.
...Que acabou a receber com vénia, numa monarquia nórdica, das mãos de um comité autocrata, de uma sociedade tendencialmente suicida, um galardão que o catapultou para a fama e para os proventos.

Nunca se pode mesmo ter tudo.

 

A Inquisicinha

É o DIABO isto das verdades.

O que é verdade hoje não é amanhã, o que é verdade aqui não é ali, o que é verdade para mim não é para outro, etc...

E é um espectáculo lamentável e medíocre a imposição à marreta das verdadezinhas PARCIAIS-CONCRETAS-DATADAS-LOCALIZADAS, que toda a gente supostamente tem de manjar ou sequer aceitar como válidas.

Anda por aí muita gente a encanar a perna à rã e a furtar-se ao trabalhinho mental suado e formigueiro de reflectir a sério sobre o que anda cá a fazer e a sua responsabilidade pessoal em CONSTRUIR MUNDO já que cá anda a ocupar espaço.

Claro que o mais fácil é sempre meter uma mistela no microondas mental, papar o produto à colherada e arrotar enfartado no fim. Ponto. Já 'tá...
Eleger em paranóia um símbolo dos males do mundo, fixar-se alucinadamente nele e gastar aí toda a sua energia.
Replicar maquinalmente uns lugares-comuns alheios pouco ORIGINAIS sobre a perdição do mundo, gritar uns slogans puídos nas juntas de muito uso sem muda, montar comboiozinhos de sílabas ceguinhas de veneno mesquinho e biliar... esterilmente.
Claro que é o mais fácil.

Trabalhoso e honesto seria reconhecer que o (latu sensu) "dilema Religião-Ciência" ficou no século XIX, desde quando este "dilema fundamental" é mero jogo floral, traduzindo-se hoje a sua pateta insistência na referida encanação do membro do batráqueo, como forma de não se dar ao trabalho de pensar...

As Inquisições de hoje, as que interessa discutir sem engonha são outras.
Como a Inquisicinha Histórica.

É hoje possível (e se não acreditam vão confirmar!!! ) que num País europeu evoluído um homem seja confrontado pela Lei por num episódio de há 15 anos atrás (sim, QUINZE ANOS) ter tido a ousadia de contestar a Doutrina Histórica Vigente sobre dado acontecimento.

Estas são as Inquisições de hoje. Possam elas ser ou não Inquisicinhas ridículas.
As Inquisições de uma mentalidade ocidental eugénica, asséptica e céptica, etnocêntrica e opulenta, humanicista e decadente.

O DIABO é que os críticos mais virtuosos dos quintais dos "Inquisidores", são exactamente os melhores espécimes da Inquisição Politicamente-Correcta, balofa, cómoda e conformada.

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