quarta-feira, março 08, 2006

 

A Pata que os Paridou

Dia Internacional da Mulher e (não só) o PS a alarvar com demagogia... Não é novidade, mas é um momento bonito.

Sob pretexto de serem os maiores amantes de mulheres (se são os melhores em tudo, porque não haveriam de ser também nisto?) o PS corre a salvar a honra das mulheres que, coitadinhas, andam arredadas das listas as eleições.

Por isso "foi entregue na Assembleia da República um Projecto-Lei que pretende obrigar os partidos a incluírem nas listas eleitorais pelo menos um terço de candidatos de ambos os sexos."
"Um homem em cima, uma mulher mais abaixo, outro homem entretanto" - numa espécie de gang bang com receita.

Ora, dá para perguntar:
* porque é que estes beneméritos não propuseram uma paridade como deve ser, isto é, 50/50 ? Não há tantas mulheres como homens na sociedade portuguesa? Não são tão bons exemplos de competência elas como eles? Não estão a adquirir uma formação técnica e científica igual ou superior à dos homens? Mas não! Que ser caridoso é uma coisa mas justo é muito mais doloroso e há muito menino para sustentar em listas!

* porque é que esta coisa das "paridades" só se aplica às listas eleitorais? Porque é que os lugarzinhos chorudos nas gordas administrações e direcções do Estado ficam de fora desta medida brilhante? Porque é naco que não se larga assim com duas cantigas?

* como é que estes idiotas propõem estas coisas se não lhes dão bases? Isto é, se cada lista partidária a eleições deve ter 1/3 de mulheres, o que garante que as haja na fonte? O que obriga a que os partidos tenham nos órgãos internos 1/3 de mulheres? Ou 1/3 de mulheres como militantes?

* e o que é isso de CANDIDATOS DE AMBOS OS SEXOS? Pode vir a ser complicado. Hermafroditas não há por aí aos pontapés!!

Muito brinca esta pandilha.
Se calhar era melhor assegurar condições PARITÁRIAS de educação, emprego, segurança, conforto, lazer, que permitissem às mulheres entrar com maior representatividade na política, não era?...

Mas vindo da Srª Dª Maria de Belém, a única mulher em Portugal a quem um Primeiro-Ministro (o socialista António Guterres) construiu um Ministério por encomenda, diria que o sexo feminino pode bem ter esperança.

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