segunda-feira, março 06, 2006
A Mãe de Todas as Atrocidades
Quem não saiba ou não queira lembrar-se, pode sempre contar com a nossa ajuda!
Quando se fala tão à boca-cheia de atrocidades históricas, procurando-lhe o impacto de que supostamente hoje alguém se deveria condoer (!!), é pertinente relembrar o nascimento sangrento e bárbaro do "nosso" republicanismo europeu.
Que a higiene e os bons modos das intelectualidades pardas da nossa praça nasceram na mesmíssima forja de todos os outros movimentos, filosofias ou religiões, relevantes para o ocidente nos dias que correm: a violência.
Quem quiser ir dar um pulo à Wikipedia pode recordar o que foi o período revolucionário francês.
O tal que depôs a Monarquia Absolutista e instituiu a República, que estabeleceu uma Carta de Direitos fundamentais do Homem que os igualizou na sua dignidade, que gizou a sociedade tendencialmente mais justa que hoje perseguimos na Europa, blábláblá...
...Mas que se fez à custa do que hoje se chamariam matanças selectivas.
Marcharam lampeiros à frente da guilhotina republicana desde nobres e aristocratas a povão, desde políticos a funcionários do Estado, desde gente de dada proveniência geográfica a outros com opiniões pouco consonantes, etc. Marchou tudo. (Inclusive este senhor!, reconhecido perigosíssimo bandido.)
Foram montadas mais de 40 guilhotinas por toda a França, uma em cada região administrativa, sendo só em Paris montadas meia-dúzia (Place de Grève, Place du Carrousel, Champ-de-Mars, Place de la Révolution [hoje da Concorde], Place St-Antoine [hoje da Bastille], Barrière du Trône [hoje Place de la Nation]) havendo relatos de que nos meses de Verão de 1794 as guilhotinas de Paris tinham períodos de funcionamento que chegavam a 6 horas diárias.
Só em Paris estimam-se os guilhotinados e enterrados em valas comuns perto de 19.000 e no resto do território uns 42.000 (num total acima das 60.000 pessoas).
"Ah, e porque nesse tempo era assim... e não sei quê, ...e porque são dores de parto, caprichos da história, e tal e coiso..."
Pena é que os "caprichos da história" sirvam para explicar APENAS algumas coisas.
Quando se fala tão à boca-cheia de atrocidades históricas, procurando-lhe o impacto de que supostamente hoje alguém se deveria condoer (!!), é pertinente relembrar o nascimento sangrento e bárbaro do "nosso" republicanismo europeu.
Que a higiene e os bons modos das intelectualidades pardas da nossa praça nasceram na mesmíssima forja de todos os outros movimentos, filosofias ou religiões, relevantes para o ocidente nos dias que correm: a violência.
Quem quiser ir dar um pulo à Wikipedia pode recordar o que foi o período revolucionário francês.
O tal que depôs a Monarquia Absolutista e instituiu a República, que estabeleceu uma Carta de Direitos fundamentais do Homem que os igualizou na sua dignidade, que gizou a sociedade tendencialmente mais justa que hoje perseguimos na Europa, blábláblá...
...Mas que se fez à custa do que hoje se chamariam matanças selectivas.
Marcharam lampeiros à frente da guilhotina republicana desde nobres e aristocratas a povão, desde políticos a funcionários do Estado, desde gente de dada proveniência geográfica a outros com opiniões pouco consonantes, etc. Marchou tudo. (Inclusive este senhor!, reconhecido perigosíssimo bandido.)
Foram montadas mais de 40 guilhotinas por toda a França, uma em cada região administrativa, sendo só em Paris montadas meia-dúzia (Place de Grève, Place du Carrousel, Champ-de-Mars, Place de la Révolution [hoje da Concorde], Place St-Antoine [hoje da Bastille], Barrière du Trône [hoje Place de la Nation]) havendo relatos de que nos meses de Verão de 1794 as guilhotinas de Paris tinham períodos de funcionamento que chegavam a 6 horas diárias.
Só em Paris estimam-se os guilhotinados e enterrados em valas comuns perto de 19.000 e no resto do território uns 42.000 (num total acima das 60.000 pessoas).
"Ah, e porque nesse tempo era assim... e não sei quê, ...e porque são dores de parto, caprichos da história, e tal e coiso..."
Pena é que os "caprichos da história" sirvam para explicar APENAS algumas coisas.