sexta-feira, janeiro 20, 2006

 

O Ciclo da Vida

Estamos à porta de uma eleição presidencial.
E pela sua relevância, o facto merece discrição.

Cada cidadão consciente e empenhado tem as suas preferências partidárias, políticas, pessoais, que ditarão no momento da verdade o sentido do seu voto.
Cada candidato é muito diferente do do lado - grande riqueza da democracia - pelo que o eleitor tem muito por onde escolher (inclusive - ou exclusive - o próprio direito ao voto branco).
Mas isso é com cada um.
Não me diz, NESTE MOMENTO, respeito.

Associo-me por isso a um movimento blogueiro (que existe!) de contenção, que mais preza a liberdade cívica da escolha em consciência do que a obssessão masturbatória de até à última regurgitar sobre o mundo sob a forma de blogs as verdadezinhas pequenas de cada um.
(O último post do próprio http://www.rprecision.blogspot.com/, exibe um equilíbrio e uma racionalidade que lhe são espantosos e RARÍSSIMOS.)

Contudo, não posso deixar de me lembrar, de forma infantil e ingénua (!...) dos ensinamentos do filme O Rei Leão.
De que na política, como em tudo na vida, há os Hakuna Matatas, que vão pela vida fora fruindo do que a vida lhes dá, cuidando do sossego do corpo e do espírito sem olhar a mais nada, e os que entendem que existe um Ciclo da Vida.

Que é normal que sejamos semente e germe, caule e tronco, fruto e lenha, em diferentes momentos da (espera-se que longa) aventura da nossa vida.
Que é normal que sejamos nada, embrião, criança, rapaz, homem, velho e húmus, num Ciclo da Vida a que não adianta virar costas. Que não convém, sequer, ao homem ignorar.

"Tu és melhor do que aquilo em que te tornaste..."

E como para cada um estas palavras têm uma leitura diferente, existe um Dia de Reflexão.

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