sexta-feira, janeiro 27, 2006

 

Rai's Partam os Malditos Americanos

As histórias estão mesmo todas contadas.

"Para alguma surpresa dos especialistas, registou-se uma vitória nas eleições dos sectores mais consevadores da sociedade. Esperam-se, após esta vitória, alterações ao nível da política internacional, resultado do inevitável ascendente de uma nova corrente dominante de pensamento a nível interno."

Estas palavras foram escritas tendo em vista as últimas eleições presidenciais americanas ganhas por Bush.

E poderiam ser reescritas textualmente sobre as recentes eleições legislativas palestinianas.

A (des)graça está na pena e na intenção de quem as escreve.
Num contexto, ou noutro.

É que a oposição ao "troglodita americano" eleito no último sufrágio foi desde a primeira hora uma reacção ressentida pela derrota numas eleições em que TODA A GENTE A QUEM NÃO COMPETIA METER COLHERADA deu de fora e à distância o seu bitaite douto e esclarecido - redundantemente de oposição a Bush.

Sobre umas eleições em que votou quem quis, em quem quis, segundo regras eleitorais claras e precisas de um País livre e democrático que deu por encerrada a SUA "questão presidencial", muito se rosnou pelo mundo fora... durando ainda agora o folhetim na cabeça de alguns obcecados.

Dos resultados gostou quem gostou, os resultados aplaudiu-os quem aplaudiu.
Os EUA são a única "potência mundial" restante de um conflito que já nem existe, e sempre a sua acção se reflectirá em todas as outras Nações.
Para além disto, aguentem-se os ideologicamente melindrados.

Porque era muito giro ouvi-los sobre os REAIS PERIGOS PARA A HUMANIDADE de uma vitória do Hamas na Palestina, contra uma Fatah que bem ou mal aguentou coesa uma manta de retalhos presa por cabelos durante dez anos, contra um Estado de Israel que teima em proclamar querer ver aniquilado.

Onde estão agora os comentaristas tarefeiros e sabichões da política internacional?
Onde estão eles, a opor-se ao militantemente terrorista Hamas-feito-Governo de um País nosso homólogo na cena mundial e a exigir-lhe, como "aos americanos", que não levem a Humanidade para maus caminhos?

Quem tivesse vergonha, ver-se-ia nestes momentos confrontado com o descaramento dos seus jogos florais transvestidos de luta pela dignidade do Homem Futuro.

Mas enquanto os palestinianos, COM ESPECIAL RELEVO PARA AS MULHERES, fazem contas à vida que terão de passar a viver sob as regras da Lei Islâmica, o nosso heróico Governo, falho de vergonha na cara e falto de tomates, fez "um apelo para que o Governo saído das eleições da Palestina renuncie à violência e prossiga as negociações de paz com Israel."

Estamos conversados.

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