quinta-feira, fevereiro 09, 2006

 

"Quem como Deus?"...

...Reza a folclórica citação do Arcanjo Miguel quando investia com o seu exército de anjos maiores sobre um Lúcifer soberbo, rodeado de criaturas tombadas desde logo e para sempre.

Nos nossos dias, e fora do protagonismo místico, uma horda neo-ateísta tenta replicar à primordial questão (retórica) do Arcanjo.

Muito distante do ateísmo displicente e edonista que poderia ser a resposta natural e antitética ao misticismo bacoco e beato, o NEO-ATEÍSMO MILITANTE moderno esforça-se por provar as leis físicas segundo as quais forças de igual magnitude se anulam, espreitando a oportunidade de demonstrar que a sua superior força anula qualquer outra menor que lhe resista.
Entenda-se bem: a SUA força da Razão!
É claro!

E quando o MILITANTISNO NEO-ATEÍSTA assume proporções de sociedade ou Estado (em função de um sector de pensamento predominante), surge o MILITANTISMO LAICISTA.
Pretendido como "a tal" panaceia para uma hegemonia clericalista (real ou imaginária).

E aí está uma amostra dos seus efeitos.
Pelo frenesim militantista gratuito de escarafunchar no clericalismo, rebentou a bronca cartoons-VERSUS-islamitas.
Afinal, e bem vistas as coisas, cabe ao Ocidente esclarecido educar os atrasados do Oriente. (Excepto em questões de petróleo, gás natural ou outras iguarias económicas...)

"Quem como Deus?"... Todos. Hoje Deus não está acima de ninguém.
"O quê como Deus?"... Tudo. Cuja materialidade satisfaça a gula positivista.
Porque hoje Deus, seja de que credo for, não vale nada. Não é nada...
E é uma cruzada destes exorcistas incréus levar essa Boa-Nova a toda a parte.
Não importa o que ele represente, o que ele valha para outros, para muitos, para povos, para Nações.
O Neo-Deus-Nulo liofilizado tem de prevalecer.

Por isso, hoje, enquanto é crime sério caluniar a mãezinha de alguém (mereça ela ou não epítetos), insultar a memória veneranda de um tetravô que ninguém já conhece, mentir ou levantar falso testemunho sobre as frequentações do mais suspeito dos cidadãos, atentar contra as convicções religiosas de cada um não é tabu!
Porquê?
Porque, na prática, a liberdade religiosa é uma cruz que enfastia os Bons-Pensadores modernos, sendo que por eles "isso das religiões" já tinha acabado.

É este o catecismo destes educadores de massas, grandes democratas.

Comments: Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?