segunda-feira, abril 24, 2006
24, 25, 26 e "Esta Porcaria"
Este é mesmo o País do chinfrim.
Uns começam (são os especialistas).
Outros alardeiam (são os especializados).
Outros metem-se ao barulho (os espigadotes).
E nós a ver. Tristes.
Mas é verdade que a nova "polémica" de João Jardim tem uma forte base de sustentação:
1 - não está a promover nada fora da esfera dos poderes e obrigações de que está investido;
2 - sendo homem livre de pensar e dizer o que bem lhe apetece (...se não lhe dessem tanta corda e houvesse menos histeria seria muito mais fácil apontar-lhe nos momentos certos o que lhe sai de ofensivo, lesivo e intolerável!) está no seu direito de cidadão de o concretizar em palavras e actos;
3 - aquilo que ele diz sobre o assunto em causa é exactamente o que pensa a maioria dos Portugueses anónimos, honrados, fiadores desta República vadia, rôta, trôpega e mal maquilhada.
Confirmemos.
Diz o Sr. Presidente do Governo Regional, das comemorações do 25 de Abril de 1974, que a Madeira é livre de não aderir às tradicionais festividades, por decisão da Assembleia Legislativa da Madeira.
Está certo.
Pretende que a Madeira é livre de não aderir às comemorações, sem ter de se sujeitar aos mimos sentenciosos, recriminatórios, injuriosos, petulantes e inopinados (João Jardim não é o único boçal português...) dos senhores bem-pensantes da Nação, que ao fazê-lo se comportam como "fundamentalistas do regime" que não concebem o desvio à SUA norma.
É verdade.
Afirma que, nos "25s de Abris", Portugal não se interroga SÉRIA, APROFUNDADA E RESPONSAVELMENTE sobre a concretização física na vida do País da bagagem de promessas que uma Revolução trouxe a cidadãos ansiosos, e se encontram 30 anos depois amplamente por cumprir.
Que o País [POLÍTICO] se limita a celebrar oficial, faustosa e obssessivamente figuras vivas que realizaram a Revolução, num ritual de reverência terceiromundista, um ciclo patologicamente fechado sobre um grupo de homens tornado pelo tempo e pelas circunstâncias uma meia-dúzia de garnizés que se bajula mecânica, servil e masturbatoriamente.
Tem toda a razão.
Acusa o País de "estar afogado em problemas" e dever preocupar-se em perceber de que forma uma espécie de "Revolução nunca acabada" em 1974 foi início de um novo ciclo político e simultaneamente origem de deformações sociais de que padecemos ainda hoje, que nos prejudicam e que teimamos em não corrigir.
Quem desmente?
De facto, como defender a razão liminar das "sessões evocativas", do "espectáculo hipócrita" concebido, montado e dirigido a muitos que pouco ou nada fizeram (ou fazem) para que ESTE Portugal se ultrapasse?
O País está reduzido a "esta porcaria", como o homem diz e bem!!
Não adianta ficarmos a contar trocos, a brincar com datas - "24", "25", "26 de Abril", "fascista", "democrata", "tu não festejas", "eu festejo", etc. - como faz o Sr Jacinto Serrão, líder do PS-Madeira.
Portugal precisa cada vez menos de festarolas privadas e cada vez mais de quem dê um murro numa mesa muito mal frequentada, completamente carunchosa e onde um País mal cabe para comer sem miséria.
Uns começam (são os especialistas).
Outros alardeiam (são os especializados).
Outros metem-se ao barulho (os espigadotes).
E nós a ver. Tristes.
Mas é verdade que a nova "polémica" de João Jardim tem uma forte base de sustentação:
1 - não está a promover nada fora da esfera dos poderes e obrigações de que está investido;
2 - sendo homem livre de pensar e dizer o que bem lhe apetece (...se não lhe dessem tanta corda e houvesse menos histeria seria muito mais fácil apontar-lhe nos momentos certos o que lhe sai de ofensivo, lesivo e intolerável!) está no seu direito de cidadão de o concretizar em palavras e actos;
3 - aquilo que ele diz sobre o assunto em causa é exactamente o que pensa a maioria dos Portugueses anónimos, honrados, fiadores desta República vadia, rôta, trôpega e mal maquilhada.
Confirmemos.
Diz o Sr. Presidente do Governo Regional, das comemorações do 25 de Abril de 1974, que a Madeira é livre de não aderir às tradicionais festividades, por decisão da Assembleia Legislativa da Madeira.
Está certo.
Pretende que a Madeira é livre de não aderir às comemorações, sem ter de se sujeitar aos mimos sentenciosos, recriminatórios, injuriosos, petulantes e inopinados (João Jardim não é o único boçal português...) dos senhores bem-pensantes da Nação, que ao fazê-lo se comportam como "fundamentalistas do regime" que não concebem o desvio à SUA norma.
É verdade.
Afirma que, nos "25s de Abris", Portugal não se interroga SÉRIA, APROFUNDADA E RESPONSAVELMENTE sobre a concretização física na vida do País da bagagem de promessas que uma Revolução trouxe a cidadãos ansiosos, e se encontram 30 anos depois amplamente por cumprir.
Que o País [POLÍTICO] se limita a celebrar oficial, faustosa e obssessivamente figuras vivas que realizaram a Revolução, num ritual de reverência terceiromundista, um ciclo patologicamente fechado sobre um grupo de homens tornado pelo tempo e pelas circunstâncias uma meia-dúzia de garnizés que se bajula mecânica, servil e masturbatoriamente.
Tem toda a razão.
Acusa o País de "estar afogado em problemas" e dever preocupar-se em perceber de que forma uma espécie de "Revolução nunca acabada" em 1974 foi início de um novo ciclo político e simultaneamente origem de deformações sociais de que padecemos ainda hoje, que nos prejudicam e que teimamos em não corrigir.
Quem desmente?
De facto, como defender a razão liminar das "sessões evocativas", do "espectáculo hipócrita" concebido, montado e dirigido a muitos que pouco ou nada fizeram (ou fazem) para que ESTE Portugal se ultrapasse?
O País está reduzido a "esta porcaria", como o homem diz e bem!!
Não adianta ficarmos a contar trocos, a brincar com datas - "24", "25", "26 de Abril", "fascista", "democrata", "tu não festejas", "eu festejo", etc. - como faz o Sr Jacinto Serrão, líder do PS-Madeira.
Portugal precisa cada vez menos de festarolas privadas e cada vez mais de quem dê um murro numa mesa muito mal frequentada, completamente carunchosa e onde um País mal cabe para comer sem miséria.