quarta-feira, abril 19, 2006
Economia de Boca
Segundo o Boletim da Primavera divulgado pelo Banco de Portugal,
"Os desenvolvimentos recentes da economia portuguesa caracterizam-se pela ausência de uma recuperação sustentada" (sic).
Conclusão já bastante esperada para quem andasse atento às modas...
Sabia-se que o alento económico dos últimos anos dependera directamente dos níveis de consumo (público e privado), mais que do aumento do nível de exportações (titubeante) e tão desejado equilíbrio do Défice Externo.
E diminuído o poder de compra e investimento... houve menos consumo.
Sabia-se que não era apenas pela maior colecta fiscal obtida em 2005 (a maior desde há seis anos, data em que o Sr. Engº António Guterres começou a destruir o que poderia ter sido uma economia nacional sustentável) que se equilibrariam as contas do Estado, uma vez que o nível do défice orçamental andou longe de controlado, devido ao "rápido crescimento da despesa" (sic).
(E nem o travesti do suposto défice orçamental previsto dos 6,8% escusou ao presente vexame de 6% em 2005! Quando em 2004, sem as malfadadas medidas extraordinárias ele teria ficado em 5,3%!!)
Sabia-se que a Taxa de Desemprego subiu de 6,7% em 2004 para 7,6% em 2005 (com a agravante inclusive do aumento dos encargos com Subsídio de Desemprego, que subiu em 8,5%).
Sabia-se, como sempre se soube, que a chave está na produtividade. Que caiu de um aumento de 1% em 2004 para um de 0,4% em 2005!
De tudo isto, resulta uma paisagem retratada previsível de retoma económica nula, como fica patente num crescimento ridículo do PIB de 0,3%, contra um já débil 1% em 2004...
Tudo previsto...
O que é espantosa é a reacção do Sr. Ministro das Finanças Teixeira dos Santos!
Diz o senhor que "está confiante no crescimento da Economia", que "Portugal está no bom caminho e que os efeitos da retoma e das medidas implementadas pelo Governo vão acabar por ser sentidos", que "temos de esperar algum tempo para que as medidas que visam a contenção e redução de despesa surtam efeito"...
Mas nada disso desmente que haja uma Economia portuguesa real que os cidadãos sentem e uma Economia de Boca com que o Sr. Ministro da Economia se contenta.
"Os desenvolvimentos recentes da economia portuguesa caracterizam-se pela ausência de uma recuperação sustentada" (sic).
Conclusão já bastante esperada para quem andasse atento às modas...
Sabia-se que o alento económico dos últimos anos dependera directamente dos níveis de consumo (público e privado), mais que do aumento do nível de exportações (titubeante) e tão desejado equilíbrio do Défice Externo.
E diminuído o poder de compra e investimento... houve menos consumo.
Sabia-se que não era apenas pela maior colecta fiscal obtida em 2005 (a maior desde há seis anos, data em que o Sr. Engº António Guterres começou a destruir o que poderia ter sido uma economia nacional sustentável) que se equilibrariam as contas do Estado, uma vez que o nível do défice orçamental andou longe de controlado, devido ao "rápido crescimento da despesa" (sic).
(E nem o travesti do suposto défice orçamental previsto dos 6,8% escusou ao presente vexame de 6% em 2005! Quando em 2004, sem as malfadadas medidas extraordinárias ele teria ficado em 5,3%!!)
Sabia-se que a Taxa de Desemprego subiu de 6,7% em 2004 para 7,6% em 2005 (com a agravante inclusive do aumento dos encargos com Subsídio de Desemprego, que subiu em 8,5%).
Sabia-se, como sempre se soube, que a chave está na produtividade. Que caiu de um aumento de 1% em 2004 para um de 0,4% em 2005!
De tudo isto, resulta uma paisagem retratada previsível de retoma económica nula, como fica patente num crescimento ridículo do PIB de 0,3%, contra um já débil 1% em 2004...
Tudo previsto...
O que é espantosa é a reacção do Sr. Ministro das Finanças Teixeira dos Santos!
Quando lhe perguntam se os dados apresentados pelo Banco de Portugal (isto é, a sua obra, a vergonha da sua cara), são preocupantes... o rematado imbecil responde "Não estou preocupado"!!!
Diz o senhor que "está confiante no crescimento da Economia", que "Portugal está no bom caminho e que os efeitos da retoma e das medidas implementadas pelo Governo vão acabar por ser sentidos", que "temos de esperar algum tempo para que as medidas que visam a contenção e redução de despesa surtam efeito"...
Mas nada disso desmente que haja uma Economia portuguesa real que os cidadãos sentem e uma Economia de Boca com que o Sr. Ministro da Economia se contenta.