domingo, maio 14, 2006
O Espanhol Que Há Em Cada Um
Estamos sitiados pela História, pela Geografia, pela Sociologia, pela Religião (ai a Religião...).
Somos parte de uma Península partilhada com Espanha, que pela força cega das proporções se confessa tendenciosamente "Ibérica".
Por mais que quisessemos, teríamos a maior dificuldade em afirmar em absoluto a distinção do que somos e do que são os vizinhos que connosco repartem o passado e (inevitavelmente) o futuro.
Não há nada a fazer.
Resta aos renitentes recriminar-lhes os defeitos, como forma de esconjurar metade da nossa pequenês e repartir uma fatia da culpa das nossas deficiências, profundas, conscientes e obstinadas.
Ou aos plácidos invocar-lhe as qualidades, que lhes/nos transvestem de semelhanças e augúrios de sucessos a vir.
Há depois os PAROLOS.
Como o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Mário Lino, o Sr. Primeiro-Ministro José Sócrates e o Governo PS - e (miseravelmente) o "Portugal por arrasto".
Não se sabe exactamente em que estava a pensar um governante da Nação quando a um jornal espanhol, o 'Faro de Vigo', o Sr. Ministro Mário Lino afirmou ser "um iberista confesso", durante uma visita a Santiago de Compostela, com base em coisas como "uma língua comum" que nos uniria...
Mas sabe-se bem porque veio o Sr. Primeiro-Ministro - MAIS UMA VEZ, o que vai sendo muito mau sinal para quem queria Ministros calados e bem-comportados - salvar o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Bem pode o Sr. Engº José Sócrates (MAIS UMA VEZ) arengar com "visões partilhadas em termos da articulação dos planos hidrológicos, da gestão territorial, das infra-estruturas e dos recursos naturais". Que das suas "visões" estamos já avisados.
Um Ministro do Governo Português, parolamente desbocado ao microfone (na melhor das hipóteses!), permitiu-se defender uma "Ibéria que é uma realidade que persegue tanto o Governo Espanhol como o Português" (???), sem lhe passar o verbo por uma Lusitânia, sua contemporânea de nascença, pobrezinha mas honrada, que por acaso lhe deu o berço e o sustento.
E está um bocado enganado o dengoso Sr. Primeiro-Ministro ao dizer que "todos compreenderão em Portugal".
Não.
Está com azar.
Porque não somos todos como ele, embasbacados provincianos, que vai à Finlândia e vem de lá finlandês ou vai a Espanha e ousa afirmar que "as três prioridades da política externa portuguesa são Espanha, Espanha e Espanha"!!!!!
Basta a vergonha profunda de ter governantes assim. Que assim elevam o moral de ser Português.
Ser confundido com esta gente já é um bocado demais.
Somos parte de uma Península partilhada com Espanha, que pela força cega das proporções se confessa tendenciosamente "Ibérica".
Por mais que quisessemos, teríamos a maior dificuldade em afirmar em absoluto a distinção do que somos e do que são os vizinhos que connosco repartem o passado e (inevitavelmente) o futuro.
Não há nada a fazer.
Resta aos renitentes recriminar-lhes os defeitos, como forma de esconjurar metade da nossa pequenês e repartir uma fatia da culpa das nossas deficiências, profundas, conscientes e obstinadas.
Ou aos plácidos invocar-lhe as qualidades, que lhes/nos transvestem de semelhanças e augúrios de sucessos a vir.
Há depois os PAROLOS.
Como o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações Mário Lino, o Sr. Primeiro-Ministro José Sócrates e o Governo PS - e (miseravelmente) o "Portugal por arrasto".
Não se sabe exactamente em que estava a pensar um governante da Nação quando a um jornal espanhol, o 'Faro de Vigo', o Sr. Ministro Mário Lino afirmou ser "um iberista confesso", durante uma visita a Santiago de Compostela, com base em coisas como "uma língua comum" que nos uniria...
Mas sabe-se bem porque veio o Sr. Primeiro-Ministro - MAIS UMA VEZ, o que vai sendo muito mau sinal para quem queria Ministros calados e bem-comportados - salvar o Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Bem pode o Sr. Engº José Sócrates (MAIS UMA VEZ) arengar com "visões partilhadas em termos da articulação dos planos hidrológicos, da gestão territorial, das infra-estruturas e dos recursos naturais". Que das suas "visões" estamos já avisados.
Um Ministro do Governo Português, parolamente desbocado ao microfone (na melhor das hipóteses!), permitiu-se defender uma "Ibéria que é uma realidade que persegue tanto o Governo Espanhol como o Português" (???), sem lhe passar o verbo por uma Lusitânia, sua contemporânea de nascença, pobrezinha mas honrada, que por acaso lhe deu o berço e o sustento.
E está um bocado enganado o dengoso Sr. Primeiro-Ministro ao dizer que "todos compreenderão em Portugal".
Não.
Está com azar.
Porque não somos todos como ele, embasbacados provincianos, que vai à Finlândia e vem de lá finlandês ou vai a Espanha e ousa afirmar que "as três prioridades da política externa portuguesa são Espanha, Espanha e Espanha"!!!!!
Basta a vergonha profunda de ter governantes assim. Que assim elevam o moral de ser Português.
Ser confundido com esta gente já é um bocado demais.